Conheço, por aí, muitos homens e mulheres que envaidecidos ou enganados pela idade madura, são freqüentes em dizer: Tenho sessenta anos, mas não me troco por dois de trinta! Das duas uma: Ou é muita pretensão, ou é inveja!
Apesar da experiência adquirida e mesmo com a saúde perfeita, o organismo humano sente a presença dos anos e desgasta-se como qualquer outra coisa.
Nada, nada é mais bonito que a juventude! Não falo da juventude, que usa e abusa das loucuras da vida. Falo dos jovens comedidos e bem informados que cuidam em não cometer excessos nas travessuras. Falo dos jovens que usam a inteligência e a sabedoria, daqueles que aproveitam a vida como deve ser aproveitada.
Como é bom ver a juventude saudável, alegre e brincalhona! Gosto de ver meninos e meninas nas praias nadando e fazendo surf. Gosto de vê-los nas festinhas sabendo rir e dançar. Fico feliz ao saber quando um adolescente com seus dezesseis ou dezessete anos ingressa em uma faculdade, e principalmente, quando já definiu a sua profissão.
Alegra-me em acompanhá-los nos programas de finais de semanas e saber de “quem ficou com quem”? Vê-los tocando violão e cantando as mais novas canções da MPB.
Curto em saber que algum deles já está de casamento marcado ou que um casal já aguarda o seu primeiro filho (a).
Os jovens preparados e bem informados, usam a sua sexualidade com responsabilidade, e sendo saudáveis, com muito tesão. Existe alguma coisa melhor? Se existe, não falaram comigo!
E como os “sessentões” vão querer competir? Nem mesmo usando “VIAGRA”!
Os que falam isso, falam mentiras. Nada substitui a juventude!
Não me sinto velho, me sinto autêntico! Não me sinto idoso, me sinto amadurecido!
Continuo gostando de namorar, continuo gostando de amar e fazer sexo, mas tudo compatível para a minha idade. Ainda me sinto com temperamento jovial, mas nada de querer competir ou me fazer passar por um “garotão”, até porque os meus poucos cabelos e ainda brancos denunciam minha “idade privilegiada”.
Felizmente tenho filhos que representam essa juventude “sarada” e saudável. O mais velho, com trinta e quatro anos (já casado) participou da maratona da cidade do Rio de Janeiro, a filha do meio (já casada e mãe de dois filhos) com vinte e seis anos, é alegre e gosta de dançar, e o mais novo com dezessete anos curte “ficar”.
Para completar minha alegria, os dois primeiros são formados e o temporão passou no vestibular com excelente classificação.
O que eu quero mais? Apenas ter saúde e ser feliz ao lado de minha “querida mulher”.
Sinto-me um ganhador, um “maduro-jovem”, mas que continua tendo sonhos e procurando novas realizações!
