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Ensaios-->Em Um só Coração, um dos amores de Santos Dumont -- 09/11/2006 - 17:42 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um só coração

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Um_S%C3%B3_Cora%C3%A7%C3%A3o

Um só coração foi uma minissérie televisiva produzida pela Rede Globo que prestava uma homenagem à cidade de São Paulo. Foi exibida durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2004, quando da comemoração dos 450 anos de fundação da cidade. A direção foi de Carlos Araújo e Ulisses Cruz e o roteiro de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, com a colaboração de Lúcio Manfredi e Rodrigo Arantes do Amaral.

Obs.: Apresenta também a bela dama da sociedade paulista, Yolanda Penteado (interpretada por Ana Paula Arósio), disputada por Santos Dumont e Assis Chateaubriand (F.M.).


Índice

1 Enredo
1.1 Elenco
1.2 Participações
1.3 Crianças
2 Cenografia
2.1 Direção de arte
2.2 Cenógrafos
2.3 Assistentes de cenografia


Enredo

Quando Yolanda Penteado e Martim Paes se conhecem, no início da década de 20, ela é uma princesinha do café e ele, filho de uma família tradicional empobrecida. Martim é um jovem estudante de medicina que simpatiza com o movimento anarquista. Sua atividada política, totalmente clandestina, acaba lhe rendendo problemas. Quando ele e Yolanda se apaixonam, Guiomar, mãe da moça, é terminantemente contra o namoro da filha com um anarquista, bem como o irmão mais velho, Juvenal. Pior: ela decide casá-la com o primo Fernão, como era da vontade de seu falecido marido. A partir daí, uma série de intrigas e mal-entendidos separam Yolanda de Martim. Mas uma coisa é certa: um jamais conseguirá esquecer o outro.

Yolanda, com sua determinação, inteligência e beleza, provoca um escândalo na sociedade paulista da época: após descobrir a traição do marido, o personagem fictício Fernão, com sua melhor amiga, Elisa, opta pelo desquite num tempo em que muitas mulheres se resignavam. Admirada por todos por sua beleza e personalidade, Yolanda tem entre seus pretendentes Santos Dumont, o 'Pai da Aviação', e o jornalista Assis Chateaubriand.

Após o casamento fracassado com Fernão, Yolanda encontra Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo Matarazzo, dono do maior parque industrial de São Paulo e fundador do MAM (Museu de Arte Moderna), em 1948. Ambos manterão uma relação de admiração e respeito mútuos, além do espírito empreendedor nas artes. As aventuras amorosas de Ciccillo e o amor de Yolanda por Martim não afetam a amizade do casal.

Os outros núcleos mostram histórias de outros personagens, reais ou fictícios. A família Sousa Borba representa a decadência da sociedade paulista após o crack da Bolsa de Nova York em 1929. Coronel Totonho é um dos donos de fazenda de café da época que perde tudo e se decide por um trágico destino: o suicídio. O casarão da família é um símbolo da transformação da cidade. Após a crise de 29, o palacete vira um bordel e, após a década de 30, uma pensão que recebe imigrantes.

O maior problema da vida de Maria Luísa, filha de Totonho, é seu pai, que não lhe permite nada. E tudo fica ainda mais difícil depois que ela se apaixona por Madiano Mattei, um pintor anarquista e pobretão. Mas o destino também a separa de seu pintor. Grávida de Madiano, ela o deixa partir para tentar uma vida melhor na França e esconde dele a filha que espera. Enquanto isso, Maria Luísa aceita se casar com Samir, um libanês que enriquecera com o comércio de tecidos. Mas essa união encontra uma série de percalços, como a oposição de Sálua, mãe de Samir, contra o casamento. E o fato de Maria Luísa esconder do marido que tivera uma filha com Madiano, agora adotada por Yolanda.

Na família Sousa Borba, tudo é permitido a Rodolfo, um homem sem escrúpulos e mau-caráter que desperdiça o dinheiro da família no jogo. Mas é extremamente másculo, o que não se pode dizer do seu irmão, Bernardo, outro filho de Totonho. Inteligente, íntegro e sensível, não segue o modelo de masculinidade valorizado pelo pai. Por isso, o coronel chega a contratar uma governanta com o intuito de convencê-la a seduzir o filho. Ela é Ana Schmidt. O desprezo do coronel pelo filho tem um motivo maior: a desconfiança de traição de sua falecida mulher. Filha do anarquista Ernesto da Silva, perseguido por Totonho, Ana aceita trabalhar no casarão em troca da liberdade do pai. Mas ela se tornará uma obsessão para Rodolfo, que fica boquiaberto com sua beleza. Ela encontra o amor nos braços de Joaquim, um padeiro português. Mas a união dos dois causa a ira de Rodolfo, que não desiste de alcançar seu objeto de desejo.

Em meio a todos esses dramas, os artistas da época se unem para a Semana de Arte Moderna de 1922, a partir da idéia da francesa Marinette, esposa do mecenas Paulo Prado. Da Semana de 22, despontam figuras importantes para a história e para a minissérie, como Mário de Andrade, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, entre outros.


Elenco

Ana Paula Arósio - Yolanda Penteado
Edson Celulari - Francisco Matarazzo Sobrinho (Ciccilo)
Erik Marmo - Martim Paes de Almeida
Maria Fernanda Cândido - Ana Schmidt da Silva
Tarcísio Meira - Coronel Totonho (Antônio de Sousa Borba)
Marcello Antony - Rodolfo de Sousa Borba
Letícia Sabatella - Maria Luísa de Sousa Borba
Cássia Kiss - D. Guiomar Penteado
Herson Capri - Fernão Queiroz Chaves
Antônio Calloni - Assis Chateaubriand
Daniel de Oliveira - Bernardo de Sousa Borba
Paula Manga - Gilda Arantes Varella
Eliane Giardini - Tarsila do Amaral
Betty Gofman - Anita Malfatti
Daniela Escobar - Soledad
Cássio Gabus Mendes - Juvenal Penteado
Helena Ranaldi - Lídia Rosenberg
Débora Falabella - Raquel Rosenberg
Celso Frateschi - Ernesto da Silva
Glória Menezes - Camila Matarazzo
Pascoal da Conceição - Mário de Andrade
José Rubens Chachá - Oswald de Andrade
Tato Gabus Mendes - Paulo Prado
Tuna Dwek - Madame Marinette Prado
Cássio Scapin - Alberto Santos Dumont
Ariclê Perez - Madame Claire
Pedro Paulo Rangel - Freitas Valle
Paulo Goulart - Avelino dos Santos
Selma Egrei - Olívia Guedes Penteado
Carlos Vereza - Davi Rosenberg
Sérgio Viotti - Samuel Rosenberg
Ana Lúcia Torre - Sálua
Leopoldo Pacheco - Samir
Cláudio Fontana - Jayme Penteado
Ângelo Antônio - Madiano Mattei
Fernanda Paes Leme - Elisa
Ranieri Gonzalez - Menotti Del Picchia
Chica Xavier - Isolina
Mila Moreira - Lola Flores
Miriam Freeland - Patrícia Galvão (Pagu)
Paulo José - Dr. Varella
Lu Grimaldi - Frida Schmidt da Silva
Julia Feldens - Maria Laura de Sousa Borba
Max Fercondini - João Cândido de Sousa Borba (Candinho)
Etty Fraser - Ita
Mika Lins - Elvira
Renato Scarpin - Joaquim
André Frateschi - Flávio de Carvalho
Gabriela Hess - Guiomarita Penteado
Caio Junqueira - Oswald de Andrade Filho (Nonê)
Júlia Almeida - Adelaide Guerrini de Andrade
Fernando Alves Pinto - Alberto Cavalcanti
Leandra Leal - Úrsula Schmidt da Silva
Amanda Lee - Moema
Maria Clara Mattos - Rosa
Nina Morena - Odila Penteado
Nizo Netto - Camilo
Thiago Oliveira - Alfredo Penteado (Alfredinho)
Dira Paes - Magnólia Cavalcanti
Fábio Lago - Raimundo Cavalcanti
Marília Passos - Anna Maria
Marcelo Várzea - Guilherme de Almeida
Juliano Righetto - Waldemar Belisário
Murilo Rosa - Frederico Schmidt da Silva
Renata Sayuri - Rita Fujihara
Carlos Sato - Kazuo Fujihara
Miwa Yanagizawa - Harumi Fujihara
Fernanda Souza - Dulce Amaral
Leonardo Torloni - Antônio Camargo
Marcos Winter - Luís Martins
Magda Gomes - Maria José
Omar Docena - Caio Varela de Almeida

Participações

Maria Luísa Mendonça - Maria Bonomi
Fernanda Montenegro
Vida Alves
Paulo Autran
Tônia Carrero
Eva Wilma
John Herbert
Cleyde Yáconis
Yoná Magalhães - Lígia Amaral
Camila Morgado - Cacilda Becker
Stepan Nercessian
Mauro Mendonça - Coronel Bento
Francisco Milani - ministro
Ruy Rezende - Blaise Cendrars
Rodrigo Penna - Euclides Bueno Miragaia
Marco Pigossi - Dráusio Marcondes de Sousa
Emiliano Queiroz - Juca Amaral
João Vitti - Abílio Pereira de Almeida
Marcelo Torreão - Heitor Villa-Lobos
Fernanda Torres - interpretando a si mesma
Isabel Guéron - Vida Alves
Jonathan Nogueira - Paulo Autran
Brígida Menegatti - Tônia Carrero
Edgar Müeller - Gutierrez
Cristiana Guinle - Gigi Guinle
Gilles Gwizdek - Pierre
Irving São Paulo - Geraldo Ferraz
Emílio Orciollo Netto - Cassiano Gabus Mendes
Gustavo Moraes - Paulo Bonfim
Charle Myara - Raul Bopp
Vicentini Gomez - Graça Aranha
Adriano Garib - Osório César
Zélia Gattai - interpretando a si mesma
Marco Antônio Gimenez - Lourival Gomes Machado
Bruno Giordano - Franco Zampari
Elias Gleizer - padre
Marcelo Escorel - Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha)
Theodoro Cochrane - Mário Martins
Marly Bueno - Lúcia
André Corrêa - Jorge Andrade
Tony Correia - Miguel
Henrique César - Conde Francisco Matarazzo
Camilo Bevilacqua
Edward Boggiss
Viviane Araújo - Eglantine
Daniel Ávila - Rudá de Andrade
Luigi Baricelli - Walter Forster
José Augusto Branco - Dr. Araújo



Crianças

Thadeu Torres - Frederico (menino)
Érica Oliviero - Antônia (menina)
Maria Eduarda Manga - Maria Laura (menina)
lola flores - Nonê (menino)
Igor Adamovich - Candinho (menino)
Tamara Ribeiro - Érica Schmidt da Silva
Isabela Cunha - Ucha (menina)

Um só Coração contou a historia da cidade do inicio da década de 20 até 1954, na Festa do IV Centenário de São Paulo, por se tratar de um período de transformações, em que São Paulo passa de potência rural a grande metrópole. A semana da arte moderna, a Revolução de 1924, a revolução de 1932, a adaptação às diretrizes da era Vargas, os ecos do nazismo e do fascismo, os refugiados da Segunda Guerra, a influencia americana, todos estes momentos históricos foram abordados.

A emissora gastou 10,5 milhões de Reais na produção de Um Só Coração. A caracterização física dos personagens reais foi impecável. Atores como Pascoal da Conceição e Cássio Scapin, que interpretaram Mario de Andrade e Santos Dumont ficaram a cara dos originais.

A minissérie foi prorrogada por causa do sucesso de Ibope. Em vez de sair do ar no dia 2 de abril, como estava previsto, o ultimo capítulo foi exibido dia 8. na primeira semana, a atração registrou média de 38 pontos. Na segunda e terceira, 31. Audiência ótima para o horário.

Um Só Coração foi lançada em 2004 em DVD, no mesmo ano de sua apresentação e ainda não foi reprisada pela Rede Globo.


Cenografia

Direção de arte
Raul Travassos

Cenógrafos
Mônica Aurenção
Isabela Urman
Gilson Santos

Assistentes de cenografia
Luis Cláudio Velho,Ana Paula Antunes,Marco Sobrinho,Silvana Machado,Raquel Winter,Claudia Afonso,Marcio Fontes .


***

A 'Casa Encantada' de Santos Dumont, em Petrópolis (hoje museu):

“Vários objetos podem ser admirados na casa-museu. Alguns quadros mostram o 14-bis, a Demoiselle, e os diversos balões construídos pelo aeronauta. O retrato de uma bela jovem, cercado por moldura de prata, é a única figura de mulher que se vê na residência. A foto apresenta uma dedicatória quase ilegível, que nos obriga a fazer um esforço visual:

‘Uma admiradora chilena.
Luiza Villagran Imar
14 de junho de 1916 – Santiago’ ”
(JORGE: 2003, 257) (*)

“Aqui há um mistério. Por que Santos Dumont guardou o retrato desta beldade? Ela foi ‘a mulher fatal’ de sua vida?
Peter Wykeham acha que Alberto ‘pertencia àquele tipo de homem raramente descrito, e não infreqüente entre os ricos e vencedores, que é sexualmente neutro’. Mas o comandante Amadeu Saraiva, amigo íntimo do inventor, afirmou com segurança:
‘Santos Dumont não se casou porque desejava ser livre para arriscar a vida como entendesse, sem causar dano a ninguém. Como todo gentleman, ele não saía a contar a todo mundo as suas aventuras. Mas bem que ele as teve. Ele amou apaixonadamente uma atriz francesa, de certa projeção, com a qual chegou a viver algum tempo. Seu nome só quem sabe é André Gasteau, antigo mecânico de Santos Dumont’ ” (JORGE, 2003, 257).

Armando de Paiva Lacerda, autor do livro O médico e a serra, disse que Santos Dumont “não se contentava em apenas descrever as ‘arriscadas experiências aviatórias’, pois também se comprazia na evocação das suas aventuras nos cabarés de Paris, aventuras ‘bem menos perigosas e mais agradáveis e divertidas’ Só aos jovens patrícios, acrescenta Paiva Lacerda, o aeronauta se dispunha a soltar essas confidências, utilizando-se de um fino humor” (JORGE: 2003, 258).

Santos Dumont também arrastou suas “asas” para cima de Yolanda Penteado, dama da sociedade paulista, autora de 'Tudo em cor-de-rosa', livro de memórias, e a convidou para uma visita em sua casa, em Petrópolis. A moça foi com a mãe e uma prima. “Santos Dumont a cortejava, revela a memorialista. Trazia-lhe flores e bombons, saindo com ela a passeio: ‘As pessoas que o conheciam melhor diziam que, quando ele me via, ficava elétrico. Ele andava muito a pé. Fazia alpinismo, e quando o conheci tinha por hábito subir e descer a pé o morro do Corcovado’. Yolanda e a tal prima, acompanhadas do inventor, costumavam tomar chá na Colombo, a tradicional confeitaria do Rio de Janeiro. A mãe da jovem, entretanto, pelo fato de enxergar isto de cenho franzido, sempre resmungava: ‘Esse velho, mais velho do que eu, e namorando a minha filha, só porque pensa que voa!’ ” (JORGE: 2003, 259).

A namorada platônica de Santos Dumont também afirmou que o inventor possuía “uma elegância refinadíssima” e que lançou a moda da bainha alta nas calças, chamada de “elevadores”. Segundo Yolanda, “Alberto era, sobretudo, muito supersticioso. Não pegava em nota de cinqüenta mil réis, tinha horror ao número treze. Contou-me que, quando voava, levava em volta do pescoço uma meia de Madame Letellier, que foi uma das mulheres mais famosas da Europa e tinha tido muita sorte na vida’ ” (JORGE: 2003, 259).


(*) JORGE, Fernando. As lutas, a glória e o martírio de Santos Dumont. T. A. Queiroz Editor, São Paulo, 2003.


Obs.: Leiam, também, 'Santos=Dumont: 100 anos do 14-Bis', de minha autoria, em Usina de Letras. Muito útil para trabalho escolar e monografia, especialmente neste ano em que se comemora o centenário do vôo do 14-Bis (F.M.).





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