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Artigos-->El cóndor pása... II -- 05/07/2012 - 14:42 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Estado de S. Paulo



5/7/2012



DEBATE SOBRE CONDOR VIRA FÓRUM PARA REVER LEI DA ANISTIA



Sete países das Américas reavaliam ação de antigas ditaduras contra a

esquerda pedindo que Brasil reveja sua posição



VANNILDO MENDES / BRASÍLIA



Um seminário internacional sobre a Operação Condor, promovido pelo governo

federal e pela Câmara dos Deputados, reúne por dois dias, em Brasília,

representantes de sete países das Américas - e vai funcionar, na prática, como um

fórum para reavaliação da Lei da anistia brasileira e do papel de agentes do Estado

responsáveis por crimes de lesa-humanidade durante a ditadura militar (1964-1985).

Além do secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de anistia, Paulo

Abrão, o evento - no auditório Nereu Ramos, da Câmara - recebe delegados dos

países envolvidos naquela operação: Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e

Estados Unidos.



Abrão afirmou, já no primeiro dia, que os crimes comuns cometidos na ditadura "não

devem ser perdoados". Ele disse que o movimento iniciado agora é "contra a

imposição do esquecimento das graves violações de direitos humanos em 21 anos de

ditadura no País". Para ele, o resgate da memória e da verdade, em curso no

Executivo e no Congresso, é só o primeiro passo para obtenção de justiça.



Desencadeada na década de 70, a Condor foi um pacto de repressão entre as

ditaduras militares da América do Sul, apoiado pelos Estados Unidos, para perseguir

e eliminar grupos esquerdistas refugiados em territórios vizinhos. Em muitos casos,

eles eram sequestrados num país e entregues ao aparelho repressor do outro. Quase

todos os capturados nessas circunstâncias figuram na lista de desaparecidos. Depois

de um certo tempo a cooperação evoluiu e o próprio país que capturava se

encarregava de dar sumiço no alvo.



Vítimas. Nas contas dos organizadores, as ditaduras sul-americanas são

responsáveis por mais de 50 mil assassinatos em duas décadas - dos quais cerca de

30 mil só na Argentina, o caso mais dramático. No Brasil, foram pouco mais de 400

mortos e desaparecidos, número bem menos que a média, mas os demais países

acusam a ditadura brasileira de ter financiado o pacto, treinado torturadores e

fomentado a articulação dos governos para perseguição de esquerdistas.



À frente do movimento no Congresso, a deputada Luiz Erundina (PSB-SP), afirmou

que o terrorismo de Estado praticado no Brasil não pode ficar impune. "É preciso que

os fatos sejam apurados e os algozes punidos dentro da lei, para que se faça justiça

às vítimas da repressão". Ela admitiu que não será uma luta fácil porque sucessivos

governos do País, inclusive os de esquerda, fizeram concessões às Forças Armadas

para não mexer na interpretação da lei da anistia. Para complicar, decisão recente do

Supremo Tribunal Federal (STF) consagrou a tese de que a anistia perdoou os

crimes dos dois lados.



 



O Globo - 5/7/2012



PANORAMA POLÍTICO :: ILIMAR FRANCO



DITADURA: DOCUMENTOS INÉDITOS



Serão apresentados hoje, em Seminário Internacional sobre a Operação Condor,

dois documentos inéditos que darão ao Brasil o triste carimbo de precursor da

operação na América do Sul, durante o governo do general Emílio Médici. Duas

operações comandadas pelo governo brasileiro, uma em 1970 e a outra em 1971,

resultaram na prisão de dois guerrilheiros na Argentina, com a ajuda do governo

vizinho. Um, Jefferson Cardin de Alencar Osório, foi preso e torturado: enquanto o

outro, Edmur Péricles Camargo, é desaparecido político.



 



Agência Câmara - 5/7/2012



04/07/2012 18:25

COMISSÃO QUER ACESSO A DOCUMENTOS DOS EUA SOBRE DITADURA

BRASILEIRA



O presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, disse

que o governo brasileiro precisa pedir aos Estados Unidos a liberação de todos os

documentos que façam referência à ditadura militar brasileira entre 1964 e 1988. A

declaração foi feita nesta quarta-feira (4), durante os debates da manhã do Seminário

Internacional Operação Condor, realizado pela Comissão de Direitos Humanos e

Minorias da Câmara.



Segundo Abrão, os Estados Unidos já liberaram arquivos secretos sobre ditaduras

para dois países da América do Sul: Chile e Argentina. “Isso permitiu que o Chile

pudesse passar a limpo sua história. O Estado Argentino, do mesmo modo. É

necessário, é condição para que a gente tenha sucesso na construção da verdade do

Brasil, que o Estado e o governo brasileiro tomem a iniciativa para que a gente

conheça nossa história.”



Essa colaboração dos Estados Unidos é importante porque o país apoiou a Operação

Condor, uma aliança dos regimes militares da América do Sul que tinha o objetivo de

reprimir opositores das ditaduras. Estimativas com base em arquivos militares

encontrados no Paraguai apontam que podem ter ocorrido 50 mil mortes, 30 mil

desaparecimentos e 400 mil prisões de opositores entre as décadas de 1960 e 1980.



Erundina: Legislativo precisa revisar a Lei de Anistia para permitir punição de

torturadores.



Lei de Anistia



A presidente da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, deputada Luiza

Erundina (PSB-SP), quer mais que o esclarecimento dos crimes ocorridos durante a

ditadura militar. Erundina defende que a Lei de Anistia seja revista para permitir a

punição de torturadores.



“O Congresso brasileiro, que aprovou a Lei de Anistia em 1979 com essas limitações

e determinações, terá que rever essa lei”, disse a deputada. “Nós temos que fazer

justiça.”



Eliete Ferre, que foi presa e torturada na década de 1970 por duas ditaduras

militares, a brasileira e a chilena, também defendeu a revisão da Lei de Anistia. “A

Operação Condor tem que ser apurada. Esses torturadores têm que ser todos

punidos, para que isso não aconteça nunca mais.”



O Seminário Internacional Operação Condor conta com a participação de autoridades,

especialistas e vítimas dos regimes militares do Brasil e de vários países sulamericanos.

O objetivo do evento é colher material que colabore com a Comissão

Parlamentar da Verdade e com a Comissão da verdade da Presidência da

República, que trabalham para esclarecer os crimes ocorridos durante a ditadura

militar de 1964.



Reportagem – Ginny Morais/Rádio Câmara

Edição – Pierre Triboli

04/07/2012 20:12


 



DEPUTADA: OPERAÇÃO CONDOR, NA DITADURA, RECEBEU APOIO DE

GRANDES EMPRESAS



Alexandra Martins



Seminário internacional na Câmara discute Operação Condor, aliança políticomilitar

entre cinco países da América do Sul.



A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) afirmou, nesta quarta-feira, que está claro

que a Operação Condor, que torturou e assassinou milhares de pessoas na América

Latina, na década de 60, recebeu o apoio de empresas multinacionais com alta

lucratividade. “A esquerda coloca em risco o lucro de grandes grupos econômicos.

Todos os desaparecimentos, torturas e mortes ocorreram por causa de objetivos

financeiros e econômicos.”



A deputada contou que foi uma sobrevivente da ditadura militar. Ela foi integrante da

Aliança Libertadora Nacional, comandada por Carlos Marighela. “Em 1970 fui presa.

Durante nove anos, fiquei exilada na Bolívia, Chile, Canadá e Moçambique. Retornei

ao Brasil em 79, depois da aprovação da Lei da Anistia”, relatou.



Janete Capiberibe deu a declaração durante o Seminário Internacional Operação

Condor, promovido pela Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, ligada à

Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. A Operação Condor, criada

em 1960, foi uma aliança político-militar, entre os regimes ditatoriais de cinco países

da América do Sul: Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O objetivo era

coordenar a repressão aos opositores dessas ditaduras e eliminar líderes de

esquerda que militavam nos cinco países.



Dez mil vítimas



O juiz federal da Argentina, Daniel Rafecas, que também participou do evento,

afirmou que até agora foram identificadas dez mil vítimas da ditadura militar no país,

durante a Operação Condor. Ele afirmou que essas vítimas foram identificadas com a

abertura de mil processos contra pessoas acusadas de torturas.



Segundo ele, respondem a processos chefes dos centros clandestinos de detenção e

chefes das Forças Armadas, por exemplo. “Até agora, 250 já foram condenados por

crimes graves. Os números são provisórios porque esse processo está em

desenvolvimento”, disse.



Já o deputado da Argentina Remo Gerardo Carlotto afirmou que foram abertos 365

centros clandestinos de detenção no país durante a ditadura militar. Ele disse que os

julgamentos dos crimes praticados pela Operação Condor devem ser considerados

como uma política de Estado. “O Estado democrático deve prestar contar daquilo que

foi feito pelo Estado terrorista anteriormente”.



O deputado declarou ainda que a ditadura na Argentina contou com o apoio de

grandes grupos econômicos. “Um dos grupos se colocou à disposição do regime para

sequestrar 300 pessoas, uma delas continua desaparecida até hoje”, disse.



Retrocesso no Uruguai



Por sua vez, o jornalista do Uruguai Samuel Blinxen afirmou que houve retrocesso no

seu país com relação à investigação da Operação Condor. “O Estado uruguaio não

quer saber quem cometeu os delitos. O Uruguai amparou a impunidade.”



Ele disse que a Operação Condor é a expressão máxima do terrorismo do Estado nos

países – Brasil, Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai - que se uniram para cometer

crimes como prisões ilegais e assassinatos.



“A operação promoveu o extermínio dos atores sociais que podiam alterar o livre jogo

do mercado. Os militares não estavam sozinhos. Eles precisavam de dinheiro,

transportes e comunicação”, afirmou.



Revisão da anistia



A deputada Luiza Erundina (PSB-SP), presidente da Comissão Parlamentar Memória,

Verdade e Justiça, espera que a pressão da sociedade civil torne possível a revisão a

Lei da Anistia (6.683/79) para punir os agentes do regime militar que torturaram

presos políticos.



Ela disse que o seminário é importante para ajudar na investigação sobre a

participação do Brasil na Operação Condor. “Se for o caso, vamos encaminhar as

informações levantadas no seminário ao Ministério Público e à Comissão da Verdade.

Todos os crimes de tortura, perseguição e assassinatos se deram numa articulação

criminosa entre os países que promoveram essa operação”, disse.



Continuação



O seminário se encerra nesta quinta-feira. Os debates serão retomados às 9h, no

Plenário 2.

Reportagem – Jaciene Alves

Edição – Newton Araújo



 



Comentário:



El Monumento a la Memoria - Construído em Buenos Aires, tem 5 paredes com 30.000 placas, que deveriam lembrar os desaparecidos argentinos durante o governo militar anticomunista. Porém, apenas 8.718 placas têm identificação, ou seja, há 21.282 placas em branco, sem nomes - uma mentira inflada quase 4 vezes. Os esquerdistas argentinos conseguiram ser ainda mais embusteiros que seus kamaradas brasileiros, ao criar a figura do desaparecido sem nome. Essa vergonhosa mentira vem sendo repetida há décadas e hoje todo mundo acredita que realmente houve 30.000 desaparecidos na Argentina, número assim redondinho, sem uma placa a mais ou a menos. Número repetido pelo escrevinhador acima, do Estadão, em reflexo condicionado próprio de esquerdista embusteiro, que repete, automaticamente, as mentiras propaladas pelos terroristas comunistas.



M3G - Marx, Mao, Marighela e Guevara: organização criada em 1969, como uma Dissidência da ALN, com a sigla M2G. Depois da morte de Marighela, passou a se denominar M3G. O Grupo foi desmantelado ainda em 1969, após a tentativa frustrada de sequestro do Cônsul norte-americano em Porto Alegre pela VPR, quando foi preso o seu líder, Edmur Péricles de Camargo, junto com 13 integrantes do Grupo.



Leia, de minha autoria, El cóndor pása... - disponível em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=23094&cat=Cr%F4nicas&vinda=S



F. Maier

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