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Ensaios-->Animais peçonhentos e venenosos. -- 28/10/2006 - 17:28 (Giovanni Salera Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ANIMAIS PEÇONHENTOS E VENENOSOS

O Brasil é um país riquíssimo. Aqui, podemos encontrar uma gigantesca variedade de plantas e animais, muitos dos quais só ocorrem em nossa nação. Vale lembrar que entre a enorme quantidade de animais aqui presentes, apenas uma pequena parte pode ser considerada perigosa ao Homem.
Entre aqueles que podem causar injúrias aos seres humanos nós temos os venenosos e os peçonhentos. Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândula de veneno e aparelho inoculador (presas ou esporões), e animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho especializado para injetar o veneno. Algumas espécies de sapos são venenosas, mas eles não possuem nenhum meio de injetar o veneno. O veneno que eles produzem em partes especiais do corpo serve para protegê-los de predadores naturais.
Existem vários animais peçonhentos, tais como aranhas, escorpiões, potós, lacraias, vespas e abelhas entre tantos outros. Mas, os mais conhecidos e mais temidos são, sem dúvida alguma, as cobras.
Vale lembrar que algumas cobras são consideradas não-venenosas e não-peçonhentas. Entre essas, temos a sucuri e a jibóia. Essas grandes cobras são constritoras, ou seja, matam suas presas através do estrangulamento. Elas capturam um animal e se enrolam nele, apertando a vítima até sufocá-la. Esse abraço é tão forte que essas cobras quebram grande parte dos ossos da presa, de forma que depois podem engolir a vítima inteira.
Entre as cobras peçonhentas mais comuns em nossa região temos as jararacas, as cascavéis e as corais. A maioria das pessoas que vivem na zona rural sabe identificar cada uma dessas cobras. Um dos critérios utilizados pelos fazendeiros e trabalhadores rurais para identificação desses animais trata-se da observação do formato da cabeça da cobra. As jararacas e cascavéis possuem cabeça triangular facilmente perceptível, o que serve de alerta para as pessoas. Mas nem sempre a cabeça triangular é sinônimo de serpente peçonhenta, como exemplo disso nós temos as corais verdadeiras que não possuem cabeça triangular e são peçonhentas. Esse aspecto deve ser levado em conta por todos, pois ninguém sem material e preparo adequado deve tentar capturar ou manipular uma cobra.
Devemos ter em mente que cada uma dessas diversificadas estratégias é fruto de milhões de anos de evolução e representam características importantes que diferenciam tais animais, tornando-os únicos, o que justifica sua preservação. O extermínio dessas cobras pode causar um desequilíbrio ambiental, pois elas têm um papel ecológico importante nos locais onde ocorrem. Como exemplo, podemos citar o controle que elas fazem dos roedores, e caso elas sejam exterminadas, podemos ter como resultado um grande aumento desses animais, o que seria prejudicial, principalmente, ao produtor rural.
Mesmo sabendo que as cobras são importantes para o equilíbrio do meio ambiente, deve-se considerar também que como alguns acidentes podem ser letais, justifica-se uma total atenção na prevenção, especialmente para pessoas que vivem em áreas rurais (chácaras, fazendas, assentamentos etc.).
Para se precaver de acidentes com tais animais, mantenha os jardins e quintais limpos evitando o acúmulo de entulhos, lixo doméstico e materiais de construção; tome cuidado ao cortar a grama e na retirada de materiais (telhas, tijolos, madeira, lenha etc.) das proximidades da casa; evite trepadeiras, bananeira ou folhagens do tipo perto da casa, pois muitos animais peçonhentos se escondem nelas; combata os roedores, pois a presença dos ratos atrai as cobras; não mate os predadores naturais das cobras, tais como emas, gaviões e gambás; desmatamentos e queimadas devem ser evitados, pois além de destruírem a natureza, provocam mudanças nos hábitos dos animais, que se refugiam em paióis, celeiros, ou mesmo dentro das casas.
Em caso de acidentes por serpentes, aranhas, escorpiões, lacraias e outros animais peçonhentos e venenosos; evite atendimento caseiro, com substâncias, receitas e procedimentos sem critérios clínicos específicos; procure capturar o animal, levando-o junto com a vítima para o hospital, facilitando assim, o diagnóstico e tratamento correto.
Lembre-se que quanto mais rápido for o atendimento médico maiores serão as chances de recuperação da vítima.

Publicado no Jornal Chico, edição n. 25, p. 05, de 01/01/2007. Gurupi – Estado do Tocantins.

Publicado no Jornal Mesa de Bar News, edição n. 396, p. 15, de 07/01/2011. Gurupi - Estado do Tocantins.

Giovanni Salera Júnior é Mestre em Ciências do Ambiente e Especialista em Direito Ambiental.
E-mail: salerajunior@yahoo.com.br
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