Saímos do motel, meu namorado André e eu. Foi quando o celular dele tocou. Era Débora, uma garota que tinha pego seu número numa festa no sábado passado. Marcariam um encontro mais próximo às oito horas. Ele só me deixaria na casa de minha mãe para eu pegar a Andressa, minha filha de seis anos, para levá-la na casa do pai dela. Éramos separados, vivíamos em casas diferentes e nos encontrávamos nos fins de semana para decidir com quem Andressa ficaria.
Eu até que estava sentindo a mesma vontade de quinze dias atrás. Meu namorado viajou pro Rio e eu fiquei. Sentia-me sozinha. Ana Beatriz, minha ex-namorada não me satisfazia mais. Meu negócio tinha terminado com as mulheres. Até Andressa tinha se enjoado de ficar chamando Ana Beatriz de tia. Sentia o mesmo desejo por meu ex- marido, e combinaria com ele para que transássemos, igual a quinze dias atrás quando André, meu namorado viajou.
Não sei o que o pai de Andressa falaria. Eu me vestiria do jeito que ele sempre preferiu, foi no nosso primeiro encontro quando nos conhecemos pelo disque-sexo. Ele me achou linda... Ontem fez dois meses que minha cirurgia plástica aconteceu.
Depois contaria tudo a André, como da vez anterior. Ele não teve tanto ciúmes, éramos liberais. Aquela noite seria inesquecível outra vez. Mas André terminou todos os meus planos depois que desligou o telefone na cara de Débora, pela segunda vez, desmarcando o tal encontro. Disse que a moça era complicada demais, queria que a pegasse em sua casa, levasse primeiro no cinema, depois num jantarzinho e somente no terceiro ou quarto encontro acabariam na cama. André desistiu, achou confuso demais o esquema de Débora. Meus planos em dormir aquela noite com o pai de Andressa terminaram. André recusou a outra, passando a telefonar para Marcelo, o ex-personal training dele. André já tinha se recuperado de sua paixão por ele, mas se encontrariam para colocar os assuntos em dias, naquela noite, no motel.
