O disco é desigual, bem Caê, bem múltiplo e egocêntrico, cheio de citações (quase todas, de antanho). Mas é mais múltiplo, mais egocêntrico, do que seus discos pós-Tropicália II. E quando ele cita coisas menos antigas, até dá um sanguinho.
****** Outro -> 'rock'inho-ska brasileiro anos 1980. Realmente, impressionante...
******** Minhas lágrimas -> incrível...Essa parece plágio do Beirut, 'Postcards from Italy'. Essa surpreende. Ouçam. Mas não é rock, lamento. É folk. Folk de apartamento.
******** Rocks -> Autoramas. É boa. Mas nadíssima a ver com minimalismo, 'som básico', é um Rock de arena, bem produzido, com um baixo estalando. Bom. Não é novo, mas desce.
******** Deusa Urbana -> Tribalistas, com Lulu Santos. Podia ser feita em 1980.
******* Waly Salomão -> Los Hermanos. Se fosse em inglês, Blackheart Procession.
******** Não Me Arrependo -> Mais um 'quase blues' de Caê, meio brega, meio Coração Materno, meio A Little More Blue. Nada de novo no front.
******** Musa Híbrida -> Pós-Punk-Funk. Talking Heads. Caê já fizera isso em 1987, 1989...Arto Lindsey.
********* Odeio -> Essa parece contemporânea. Podia ser do Interpol. People In Planes. Futureheads. É o som de 1980 feito hoje. Não é minimalista. O cara da Bizz errou feio...É a melhorzinha, junto com o quase-plágio de Beirut.
******** Homem -> Bizarramente similar a músicas-solo de George Harrison. Com letras de Tom Zé. É tropicalismo, temporão.
****** Por Quê -> Jazz-Fusion suingado. Português da terrinha. Pedro Abrunhosa num momento Santana. Bizarro, bizarro...
******** Um Sonho -> Essa é minimalista. Podia ser do Araçá Azul. Música regional reelaborada por um compositor como Luiz Tatit. Lenine morreria para fazer algo assim.
******* O Herói -> Arnaldo Antunes, ponto. Titãs. No máximo, isso. Nada de novo, Caê.