PENDULAR
Não me pergunte o porquê
Não me pergunte quanto ao tempo passado
Não me pergunte como estou e se há dor
Não me pergunte a tormenta que me rodeia
Eu quero é clarear a contra-luz deste enigma
E no porque dizer-te que estou preso na tua teia!
Oh tu meu amor, eu canto a felicidade e a harmonia
Me diz: Sou mito, demônio ou anjo maldito? Bem sabes!
Pendular de amor e ódio e me atiro na fúria desta agonia
Choro então pelos escombros... È paixão: mas, corrói
E, no entanto, o teu coração não me entra em sintonia!
Mas, não me maldigas, se o passado é um espelho
Refletindo o tempo empoeirado nessa peça do destino!
Se o passado existe e existe, errei e tombei nos ensejos,
Porém, te fiz as minhas penitencias desse tempo ferino.
Ainda somos nós? Quero de mim correr, não sei se devo...
Oh, tu meu amor, pela noite, pelo dia, a toda hora
Toma, pega a chave deste coração ainda fervilhando
E arrebatado na plenitude do teu ser, não sabe o porquê
Deste momento em que a paixão vive em si sangrando...
O meu tempo, é ferro, é fogo
E na primavera nem sinal das tuas flores...
Nhca
Fev/2003
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