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Ensaios-->SURREALISMO NO VAZIO DO VASO -- 02/09/2006 - 22:30 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

REFLEXÕES SURREALISTAS NO VAZIO DO VASO
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

É verdade. Quando o orçamento era elaborado no extinto DASP, ali considerado como peça fundamental do planejamento estratégico, com observância da técnica orçamentária voltada para as diretrizes preconizadas pelo governo central, sem interferência, portanto., do componente meramente político, não havia escândalos, nem a pirataria e as distorções de hoje, onde o que prevalece é algo parecido com a fábula da raposa e das uvas, ou melhor, de raposas dentro do galinheiro, onde as mãos se entrelaçam sob o tilintar do tesouro, do palpitar do coração sob a refrão “tudo por dinheiro”, parafraseando o famoso baú de Sílvio Santos, aqui representado, metaforicamente, e analogicamente, pelas cotas do erário, sempre de costas para a moral, a ética e a própria Democracia. E essa é a dor de barriga que a todos causa indignação e arrepia. A questão não é, portanto, de Economia. Que, por natureza, é atividade-meio. Ou, quando menos, seria. A questão é mais de caráter. De formação. De cultura e de educação. E de gerência. De controle e de fiscalização. De Administração, eu diria.

Mas é preciso viver; e viver não é fácil não. Dinheiro na mão é perdição. Como diz a canção. É preciso muito amor para suportar esta mulher. Nossa mente costumeira. O consumo, o prazer, o dinheiro e o poder eu quero. Acumular pela vida inteira. Tolerância zero para com os eleitores. Tolerância, aqui, no sentido negativo, isto é, de suportar. De agüentar o tranco. Pelo menos de quatro em quatro anos. Que nos dá a legitimidade para nossas ações. As ações de alguns parlamentares, claro! Tolerância, portanto, não no sentido positivo. De tolerar sem preconceitos. De aceitar as diferenças. De união para a paz. Da troca da acumulação pela repartição. Da troca da competição, pela colaboração. Mas, como a mulher da canção, todos, ou quase todos os parlamentares, querem, justo, o contrário. Enriquecer às custas do erário. Infelizmente, está em curso o monopólio da corrupção generalizada. Nossas instituições democráticas estão sendo invadidas pela pirataria e confraria de toda ordem. Há um certo fedor na burguesia de que nos falava o Cazuza. E o povo continua pobre. Não foi e nunca será convidado para a festa pobre, que é restrita aos ricos.

Prisão de ventre. Lei do ventre livre. Nada de novo no vaso da hipocrisia. Resta-nos ainda a alegria de cantar, de rimar, de fazer poesia. A propósito, tire o seu sorriso do caminho, senhores deputados e senadores, que nos, os eleitores, queremos passar com a nossa dor. Vocês abusaram. Tiraram partido de nós. Abusaram. Daqueles que em vocês confiaram. Maus e bons parlamentares. Os que foram pegos com a mão na massa, e os que silenciaram. Estranhos no ninho. Para alguns em especial, vale o dito do cancioneiro popular: quem te viu, quem te vê. O vermelho amarelou e tomou as cores do tudo azul, no paraíso. O paraíso fiscal. Sem lenço, cueca e documento. Somos todos cidadãos informais. Sem carteira assinada. Feliz, a maioria, por receber esmolas. E a promessa de carta de alforria, em futuro próximo. Que se adia, à cada nova eleição. Quem sabe, faz a hora. Não espera acontecer. É dos carecas que elas gostam mais. Carecas de ações cabeludas. Dinheiro em cuecas e bermudas. Enquanto isso, a cadeira do filho pródigo, retirante humilde do nordeste, continua vazia. São tantas as coisas miúdas. Foram tantos os que migraram. Da fome, do sertão abandonado, e que chegaram nos grandes centros urbanos. Que foram engraxates, lanterneiros, motoristas e jardineiros. E que hoje não são presidentes porque não quiseram. Mas muitos estudaram. São médicos, militares, generais e engenheiros. Não foi, por certo, o presidente, a ser, portanto, o mais humilde, o primeiro. O nordestino é, antes de tudo, um forte. Um guerreiro. Merece respeito, todavia, todo brasileiro.

Faltando poucos minutos. Vou termina, afinal, o trabalho neste vaso. Neste trono. Vou pedir o comercial. Mas deixo pra refletir, alguns conceitos e preconceitos. Nascidos aqui no distrito. No Distrito Federal. Comissões e plebiscito. Preconceitos, verdades e mitos. A fuga de capitais. A presunção da inocência. O ordenamento jurídico. A ética e a moral. E tudo que é de fato. E de direito, e legal. O arrocho salarial. A dependência relativa. Do nosso Banco Central. A presunção do culpado. Diante das evidências. De tanta culpabilidade. A prova do ônus devia ser dividida ao meio. Parte para o denunciado. E parte para o denunciante. Seja ele jardineiro, comerciante, ministro ou militante. Empresário e doleiro. Tudo igual, semelhante. Do mesmo modo que o horário. O horário eleitoral. Gratuito e desinteressante. Parece mais o cadastro de um acervo policial. Iniciantes e reincidentes. Da violência global. Tem fotos e numeração. Promessas sem pé nem cabeça. Pra ganhar a eleição. Só falta o polegar. Para de pronto indicar. O nível de educação. Ou o dedo indicador. Do que pretende o pretendente. Se ganhar a eleição. Ficar rico, independente. Sem precisar mais da gente. Durante mais quatro anos. De lixo por baixo dos panos. Sem trabalho e produção. Sem reciclagem aparente. E antes que eu me esqueça. Desligue a televisão. De medico e de louco. Todos temos um pouco. Mas de corrupto e ladrão. Só quem tem é certa gente. Da lista do mensalão.

De volta À televisão. O programa não informa. Não ajuda na votação. E o tempo é diminuto. Muito mal distribuído. Favorece o grande partido. A bancada de plantão. Seria mais democrático. Equilibrar a divisão. Claro que essa medida. Pressupõe muita mudança. Que precisa ser pensada. Em nome da esperança. Diminuir o tanto de gente. Na Câmara e no Senado. E reduzir a quantidade. De partidos existentes. Sem programas consistentes. No mínimo, pela metade. Juntando os semelhantes. Mantendo os diferentes. É muita ideologia. Muito emprego pra parente. Que se contrate o alfaiate. Pra cortar os privilégios. A verba indenizatória. O recesso prolongado. A semana de três dias. O excesso de feriado. Tudo será reduzido. Acaba de vez o tormento. Diminui a corrupção. Fim da cota do orçamento. E redução das despesas. Aquelas do caixa dois. As que não foram contabilizadas. Incluindo o mensalão. E também as ambulâncias. Que foram superfaturadas. Com fraudes na licitação.

E assim tudo melhora. O eleitor se anima. E logo, logo, decora. O nome do deputado. Que escolheu pelo debate. Que deve ser obrigatório. Que garanta o confronto. De idéias e respostas. O amplo contraditório. Para todos os candidatos. Em quantidade, menores. Que buscam o Legislativo e também o Executivo. Pois, afinal,.já sabemos. . Presidente não pode tudo. Nem governador e prefeito Depende também do Congresso. Das câmaras estaduais. E dos legislativos municipais. Que são bem mais importantes. Do que à primeira vista parece. Com poucos partidos e menos candidatos, o processo é melhorado. O povo mais protegido. De ser de novo enganado. Trocando gato por lebre. Guiado pelas pesquisas. Abrindo mão da escolha. Que é sua, tão-somente. E que são realizadas. Supostamente, eu diria. Por interesses nem sempre. Iguais aos de nossa gente. Por fim, não vote nulo. Apesar de ser legítimo. O voto nulo e em branco não resolve a indignação. Não fuja desta contenda. Se de todo impossível. Não havendo candidato. Mesmo assim não se omita. Ainda tem outro voto. É o voto de legenda. Vote apenas no partido. Que nunca se envolveu em trama. Que não se sujou de lama. Esteja ele ou não. À frente de tanta pesquisa. Que nada vale pra gente. Jogo se ganha no campo. E quem deve jogar é a gente.
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