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Cordel-->O Novo Livro do Amigo Rubenio -- 24/10/2003 - 16:32 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Exclamação e as Reticências de Rubenio
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Recebi um exemplar da mais recente obra do amigo, escritor, poeta e cantador Rubenio Marcelo que, entre outros feitos - de que é merecedor - é membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Sua obra, “Reticências...Sonetos, Cordéis & Outros Poemas, como era de se esperar, agrega qualidade ao mundo da literatura.

É mais um trabalho que merece toda nossa atenção. Principalmente, porque, a rigor, ela trata, de forma implícita, sobre o verdadeiro sentido da vida: a expressão de nossos melhores sentimentos e de nossas melhores virtudes. O amor, na acepção ampla do termo. O amor praticado e compartilhado com nossos amigos e familiares. E, sobretudo, com Deus.

É assim que vejo mais esta obra do grande pensador e escritor Rubenio. O ser humano refletido em versos e em prosa; exposto em toda a sua verdade.

Falar da obra de Rubenio é, neste sentido, falar do próprio autor. Obra e autor se confundem. Rubenio sempre se mostra natural e verdadeiro. Integra-se e interage com as coisas da vida. Com a mãe natureza.

Nesta obra, Rubenio ocupa, inclusive, os espaços de suas reticências. Sem deixar de abrir caminhos e atalhos para a reflexão do autor. Convida-nos a um passeio pelo simples; que, só por isso, é belo e autêntico. Autêntico, aqui, no sentido de verdadeiro. Não no sentido do impulso, que, no mais das vezes, é falso. Inconsistente. Quando fruto da mera espontaneidade. Dos pensamentos e ações que nascem sem juízos de valor.

Em “Reticências”, ao contrário, ritmos, sons, formas e cores se harmonizam. Têm propósitos bem definidos. Violão, voz e composição fazem o pano de fundo. Em silêncio. Discretamente. O suficiente para que, de pronto, pintemos na memória o quadro de imagens que nos é transmitido pela via das palavras bem trabalhadas.

Um mosaico de belos significados superpostos. Característica marcante do grande “arquiteto da morfologia”, no dizer do escritor e crítico literário, nosso grande amigo Adelaido dos Anjos, em seu apropriado posfácio à obra de que se trata.

Na obra de Rubenio, o belo flui naturalmente. Nada fica de fora. No sentido de “a desejar”. Tudo começa devagar. Aos poucos; e vai crescendo. Surpreende no seu curso. Em cada volta, em cada subida ou descida. E engrandece à cada chegada. Soneto por soneto. Cordel por cordel. Emoção por emoção.

Tal como a fonte das águas. No início, um pequeno borbulhar. Que desperta, apenas, a curiosidade. A vida que começa com um pingo d’água. Que escorre, sem parar, pelas entranhas da terra; que segue seu curso; que forma grandes rios, cascatas e cachoeiras. Até encontrar o mar. Ou reencontrá-lo. O seu fim e o seu início. Sua morada primeira.

De onde, certa vez, e no sentido inverso, caminhou o nosso Rubenio. Quando de lá partiu com saudades da bela flor do Atlântico: a Fortaleza querida. Onde estão fincadas suas primeiras raízes. Seus primeiros afagos e cuidados. Recebido de sua querida e saudosa mãe. De seus familiares. Quando ele, ainda, não passava de uma pequena gota de água.

Rubenio fez o caminho do seu destino. Caminhou no sentido da nascente de suas águas. Em direção ao pequeno canto escondido no Mato Grosso do Sul: a sua capital, Campo Grande. Desde então, bebe de suas águas. Sem esquecer o caminho de volta. O seu mar de eternas saudades. O seu lugar de origem. O recanto de lembranças e de inspirações.

Nesse percurso de volta, deixa sempre o rastro de suas poesias. Cantando suas músicas, suas tristezas e suas alegrias. Junto às margens dos rios, por onde passeia de barco, nas águas tranqüilas de sua fértil inspiração. A vida acontecendo no ritmo dos movimentos das águas.

Rubenio é a própria dinâmica das águas. Águas que guardam o verdadeiro sentido à vida. Águas em movimento. Que enfrentam, com galhardia, os obstáculos que encontram pelos caminhos. E os transformam em belas poesias. Belas corredeiras. Volumosas, caindo pelos abismos. Outras vezes, silenciosas e pacatas, que caem pelas ladeiras e formam lagos que refletem a beleza dos céus em suas águas.

Assemelham-se ao líquido vermelho que corre em nossas veias. Levando o alimento ao corpo inteiro. Purificando e lavando a alma e o espírito. Trazendo o oxigênio que nos garante a vida.

Majestosas águas. Manifestações que mais se aproximam da criação. Que mais se aproximam de Deus.

Um livro para a cabeceira. Que fala de tudo com graça e com profundidade. Sobre a paz, sobre o sagrado e o profano; sobre as estrelas e sobre o infinito; sobre o reino encantado do Cordel. Sobre o encontro de mestres no céu. Obra que conforta. Ao mesmo tempo alegre e triste; saudosa e confiante; presente e distante; que motiva e entusiasma. E que, finalmente, surpreende. Apesar de falar de nós todos. De nossas coisas. Das coisas do mundo. De nossos sentimentos.

Assim é Rubenio. De rima fácil e bonita como as praias e os mares bravios do Ceará. De cores marcantes como o verde de suas palmeiras, balançando ao vento, sob a luz do luar. Tal como no dizer da canção da bela Iracema, a virgem dos lábios de mel.

Parabéns, Rubenio! Que Deus o proteja! Sucessos crescentes! Abraços fraternos. Domingos.

Em 24 de outubro de 2003



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