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Contos-->Interpretação do conto Quem matou a professora? -- 06/12/2002 - 03:19 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Obs:Caso nao tenhalido o conto,leia-o na ista dos contos desse autor.

Interpretação do conto Quem matou a professora?


A resposta parece uma incógnita. A trama que envolve a morte de uma professora é na verdade uma história romântica. Tudo se é feito na intenção de causar impressionismo. No fundo de tudo, os diversos personagens apenas referidos, mais a professora, Luiza e o eu narrador, participam dessa trama para se sobressair acima dos outros. Tais encenações desviam a atenção de saber de quem é a culpa pela morte da professora. As cenas levam a procurar tentar descobrir intuitivamente o(a) assassino (a).
Na parte onde aparecem os três amigos conversando na choperia, uns perante os outros, se fazem de espertos e intuitivos quando é citado “Tivemos impressão que acertamos em algumas deduções”. Logo mais abaixo, após a morte da professora, os três personagens, o eu narrador e mais suas duas amigas, evocam a idéia de saberem de quem era a culpa “Eu e minhas amigas nos olhamos e logo pensamos na mesma pessoa”. Mas não existe nenhum fato que comprove o saber daqueles três. Mas, analisando tal reação deles,pode-se levar a selecionar um culpado.
Na última cena, quando o eu narrador conversa com Luiza, ele não omite saber de quem era a culpa,mas por detrás daquilo tudo, havia uma estratégia de poder dar um beijo nela.
A professora sabia que iria morrer. E procurou armar uma estratégia para que condenasse o maior numero de pessoas. Consta no relato que uma outra vez ela tinha passado por uma situação parecida. “Parecia ter perdido o equilíbrio como na vez passada”. Então,saindo desse pressuposto, a professora aproveitou a circunstancia de morrer, jogando a culpa em cima de todos os alunos presentes. Quis morrer pelo motivo de ser ameaçada, anonimamente ameaçada, fazendo disso o pretexto para condenar a turma. Um fato que não pode passar desapercebido é que, existe uma relação diferente entre Luiza e a professora. A professora decidiu morrer antes que Luiza chegasse, a fim de que Luiza não tivesse culpa.
A professora pareceu olhar mais raivosamente para o eu narrador, como se parecesse que o culpado era ele. Mas nem a professora nem ninguém teria certeza disso.
A professora sabia que não era a de todas a mais estimada da turma. O conto relata algumas demonstrações de não ser benquista. Mas se a intenção dela era saber quem tinha posto o cartaz, ou quem mais desejava o seu fim, seria improvável que soubesse, pois diz assim “...a curiosidade prevaleceria sobre sua alma”. Nem mesmo sua alma teria a certeza de quem lhe desejou o fim.
Naquela noite consta que a professora chegou atrasada. Quando ela entrou a porta já estava fechada. Todos os alunos a esperavam e a viram entrar assustada, agitada, e silenciosa. Essas suas reações podem exemplificar dois motivos: primeiro, a própria professora teria posto o cartaz para acusar aos alunos. Segundo, ao ver o cartaz posto por alguém, ficou com pânico, medo, receosa. Ao entrar na sala não saberia qual seria a atitude dos alunos.
Se a própria professora encenasse sua morte, levando a crer que ela mesma planejou seu fim, teria como objetivo culpar a turma e livrar Luiza de qualquer julgamento. Se a professora chegou atrasada, mais ainda Luiza chegaria. Luiza chegou quando tudo já estava no fim. Mas, por que motivo a professora defenderia Luiza? E se entre Luiza e a professora houvesse um código ou combinação secreta? Fala-se que naquela noite Luiza chegou atrasada, parecendo que não era comum que Luiza chegasse atrasada, nem mesmo a professora, pois também fala que naquela noite ela chegou atrasada, não constando que nas outras noites tenha feito o mesmo.
Não há tantas evidencias que Luiza seja a assassina. Não há nem evidencias que exista um culpado.A professora poderia ter morrido de bobeira. Talvez nada que se referisse aquele cartaz teria alguma relação com aquela professora. Os dizeres VAI MORRER A PROFESSORA não indica necessariamente que se refere aquela professora. A única prova disso é que a própria morta indica tal fato pela atitude de que ela sabia que a sala não a queria bem.
Quando Luiza pergunta ao eu narrador quem tinha matado a professora, parece demonstrar um único motivo:esperteza.Se Luiza fosse a assassina perguntaria por esperteza para tentar retirar do eu narrador se ele verdadeiramente sabia quem era. Se Luiza não fosse a assassina estaria dando uma de curiosa, mas na intenção de adquir mais informações e também um provável beijo.
Luiza sabia que queria ser beijada. A ida ate a floricultura não era somente para comprar rosas para colocar no caixão da professora. A floricultura,ali, também, daria o clima romanesco. O romance aconteceria entre as flores. O possível beijo seria numa noite já calma, perfumada, intrigante e com flores ao redor. É possível que Luiza tenha evitado o beijo, mas toda a continuidade também pertence ao suspense que o conto evoca. Entretanto, parece terminar num clima feliz e romântico. Mas o final traz também outro sentido. Se ali, entre todos,cobras eram criadas, qualquer manifestação era para sobressair-se melhor que o outro.
O eu narrador acompanharia Luiza podendo ser para segundas intenções policiais. E passando pelo mais esperto, teria montado o quebra-cabeça. Teria percebido que Luiza chegara atrasada, que a professora morrera antes dela entrar e facilmente, sem empecilhos, aceitou ir acompanhada ate a floricultura.
O plano também poderia ter sido feito em um trio. O eu narrador junto com suas duas amigas. Nas partes intrigantes eles se olham e parecem saber de alguma coisa que mais ninguém sabe. E no final de tudo eles de dispersam uns dos outros. O eu narrador segue Luiza enquanto as outras duas não são mais faladas.
Mas dessa forma,o eu narrador já teria sua resposta álibi. “...eu sou a principal suspeita... tenho certeza de que seria alguém que ninguém desconfiasse”. E podendo usar desse artifício,as duas amigas, ou uma delas somente, poderia ter matado a professora para que a culpa caísse no principal suspeito.
O cartaz parece ter sido a arma que matou a professora. Entrando no mundo extraordinário, os desenhos de demônios nele poderiam ter assustado a professora, ou uma força estranha se escondia detrás daquilo tudo? Poderia ter sido um mistério do outro mundo que ocasionou a morte da professora tanto que nem sua alma teria certeza de quem teria feito aquilo. Mas quem ali entendia de forças ocultas?
A mente assassina apresenta-se na roda dos três amigos, quando na choperia, comentam e calculam qual seria o melhor fim. Eles tramam, planejam na conversa, e chegam a uma idéia de como matar a professora. Mas uma conversa de bêbados ninguém leva a serio.
O assassino era alguém idealista, que a matando, iria mais alem. Faria daquilo uma história, cujo titulo seria QUEM MATOU A PROFESSORA? Assim sendo, qualquer pessoa daquela sala poderia fazer isso, pois se fala que é uma turma que usa a comunicação. Na frase a seguir indica que se estuda comunicação “sem comunicação. Putz, justo ela?!”
Quem teria carregado aquele cartaz notável? Se a turma toda estivesse aliada, teria planejado o seguinte: colocar o cartaz, fechar a porta, sentar e esperarem a professora. Todos estariam unidos, menos Luiza. Mas, por que justo Luiza vai comprar flores, e justo Luiza é seguida pelo eu narrador? Parece que pouca coisa sobra para livra-la da culpa.
Luiza é o ponto decisivo. A partir da hora em que ela chega, todas as atenções se voltam para ela. Nem mais a morte da professora se torna interessante. Luiza tira toda a atenção. E pensando nessa hipótese dela assumir papel tão importante, ate mesmo a professora teria pensado dessa maneira. Morreria antes que Luiza chegasse e tirasse a atenção de sua cena. A professora queria também se sobressair, mas sabendo que não teria mais escapatória, decidiu morrer naquela noite. Luiza só teria beijado o eu narrador se não fosse ela a culpada. Se ela fosse a culpada, para que aquela curiosidade? E a curiosidade em saber quem matou a professora daria a cena do beijo.
Ou a professora morreu por si só para culpar a turma, ou a turma se juntou para matar a professora unida, menos Luiza, ou os três amigos planejaram aquilo, ou no meio dos três amigos haveria um traidor ou traidora e somente um dos três mataria a professora, ou o eu narrador a matou sozinho, ou Luiza seria a maior suspeita. São no mínimo seis os suspeitos que levam a crer que podem ter matado a professora.



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