Usina de Letras
Usina de Letras
137 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62237 )

Cartas ( 21334)

Contos (13264)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50635)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4769)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140810)

Redação (3307)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6192)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->OS MELHORES CONTOS MEXICANOS -- 01/03/2002 - 22:20 (Rômulo Teixeira Marinho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS MELHORES CONTOS MEXICANOS

Edição 2000



Antes da leitura do meu artigo, quero recomendar aos meus amigos uma visita ao saite do Sindicato dos Escritores de Brasília (http://www.sindescritores.com.br/default.asp). Ainda está em construção, mas já dá para ler alguma coisa. Qualquer amigo que seja escritor ou poeta e queira publicar algum trabalho on line, escreva pra mim que darei mais detalhes. Sou um dos diretores jurídicos da Casa. Grande abraço. Feliz Ano Novo. RM



(A apresentação da coletânea de contos de autores mexicanos do ano 2.000 foi feita na embaixada do mexico em Brasília para a mídia local e convidados)



Senhoras e Senhores



Confesso que quando José Luiz Basulto, Adido de Imprensa da Embaixada Mexicana, por sugestão do presidente do Sindicato dos Escritores de Brasília, meu amigo Gustavo Dourado, me convidou para fazer a apresentação desta coletânea de contos mexicanos, a princípio, hesitei. Inobstante leitor assíduo de ficções curtas, esta seria a minha primeira experiência como apresentador de obra literária.



Bateu a dúvida cruel: estaria eu à altura do empreendimento? Embora acreditando que não, minha admiração pela cultura mexicana e a afinidade com seu povo derrotaram o receio e a inibição inicial. Ademais, dei-me conta de um fato importante: teria o privilégio de ler contos ainda inéditos, que sequer foram traduzidos para o nosso idioma, e selecionados entre mais de quinhentas, repito, quinhentas, obras de narradores daquele pais hermano.



Creio que no Brasil jamais se fez algo assim. Pelo menos que tenha conhecimento. A organizadora dessa antologia, a Editorial Planeta S.A, patrocinou pesquisas minuciosas em mais de 100 publicações literárias e culturais de todo o país, não só nos grandes centros urbanos, mas, também, nos mais distantes rincões, na tentativa de descobrir um contista iniciante, cuja texto deixasse transparecer a vocação para estórias curtas e - quem sabe? - portador daquela genialidade que imortalizou alguns autores brasileiros, como, por exemplo, Machado de Assis, Lima Barreto e Monteiro Lobato.



Jornais literários e revistas das mais distantes províncias foram escarafunchados em busca do promissor gênio, se é que ele existia e onde, com um só objetivo: divulgar obra de escritores talentosos, marginalizados, como também ocorre no Brasil, pelo centralismo cultural. O fato, aliás, tem motivado inúmeras reclamações dos escritores de Brasília, inclusive e principalmente, do presidente do nosso sindicato. Freqüentemente, ouço-o queixar-se da pouca importância – ou quase nenhuma - que a mídia e as editoras da cidade dão aos nossos literatos. Lá também, como cá, constata-se a perniciosa discriminação. A diferença é que no México se procura solução com iniciativas iguais a essa, para o bem da cultura do povo asteca. E observem que se trata de trabalho organizado por empresa privada que, aliás, registre-se com louvor, já está tomando providências para a coletânea de 2001.



Por essa razão, participam desta antologia, não só escritores consagrados, com vários prêmios literários, como também, sem discriminação, sem preconceitos, contistas de várias regiões do México, desconhecidos, na sua maioria, cujas obras foram publicadas em jornais de província. O importante nessa busca era a qualidade do texto e não o prestígio que, eventualmente, pudesse desfrutar o autor nas hostes e nas famosas "igrejinhas literárias".



Entre eles, estão presentes narradores de quatro gerações, alguns de grande experiência e outros iniciantes. O mais velho é o renomado Jorge Lopes Paez, nascido em 1922, que comparece com o conto El nuevo embajador; com cinqüenta anos menos, o caçula do elenco, é Ernesto Murguia Moreno, com a obra El umbral de las brujas.



Os traços regionalistas, com todas as peculiaridades dos povos das Américas Central e do Sul, característica que marca toda a literatura latino americana, inclusive a nossa, tais como Jorge Amado e Guimarães Rosa, estão bem definidos na presente antologia. Mas as narrativas ambientadas nas pequenas vilas ou “pueblos”, como se diz naquele País, nem por isso perdem seu encanto ou lhes suprimem a característica universal, como é o caso de Mecanismo de Luz, de Severino Salazar, que descreve a estória de um relojoeiro do interior e que me encantou.



Presente, também, a literatura do absurdo, cujo melhor exemplo é La fiesta del colégio, onde a relação espaço e tempo é totalmente ignorada. Em alguns contos, os autores seguem pela esteira de Júlio Cortázar e se debruçam sobre a irracionalidade, fazendo prevalecer o império do não convencional, e ignoram a linguagem literária tradicional, que sempre nos leva a um desfecho quando não previsível pelo menos não surpreendente.



Há nesta coletânea, no mínimo, duas ou três narrativas dignas de figurarem numa antologia universal de contos contemporâneos.



Na introdução da obra, Enrique Serna, um dos que participaram do processo de seleção, afirma que



“estan representadas las múltiples direcciones de la narrativa mexicana actual: la alegoria fantástica, la introspección filosófica, la estética del absurdo, el realismo crítico, la ficción científica, el relato de terror, el enredo cómico. (...) Se trata, pues, de un mosaico heterogéneo que refleja com bastante fidelidad las inquietudes y los alcances de la narrativa mexicana contemporánea.”

.

Mas, nesta coletânea, está também representado o escrito de linguagem explícita, elaborado na forma tradicional, simples e direta, cujos valores não se encontram na inovação formal, mas, sim, na mensagem, nas observações cotidianas do comportamento humano, como é o caso do já citado Mecanismo de Luz e de El tercer ojo y la cola de momo, Camello a domicílio, El monstro de dos cabezas, Ziska y los viajes, Un fausto de la sierra e La prima Trini.



El tercer ojo y la cola de momo, de José Luis Basulto, por sinal o primeiro conto da coletânea, foi distinguido como “único e indivisivel” primeiro prêmio no “Primer Concurso Internacional de Cuentos a Quiem Corresponda”. Vejamos, ainda que superficialmente, o alicerce da narrativa: um dia uma jovem revela ao protagonista que, a seu ver, ele era “una persona muy especial”. A partir dessa frase se constrói todo o enredo. Haveria no mundo alguém realmente muito especial? E se houvesse, como seria essa criatura? O protagonista entende que não e, utilizando a velha dialética, termina por convencer a namorada que ser considerado uma pessoa muito especial não é nada agradável, pois isso implica confundi-lo com um burro ou um monstro e, no caso, com três olhos e um rabo de macaco.



A estória transcorre num país banhado pelo Rio de la Plata, o que me faz supor seja o Uruguai, onde trabalhava o autor antes de vir para o Brasil. Embora o personagem central seja um homem maduro, um quarentão como se diz no Brasil, a sua namorada tem apenas 15 anos. Ela, todavia, acaba fascinada pelo protagonista. Fascinada a ponto de pretender ser por ele desvirginada. Ele se recusa. Assim, chega-se ao clímax da narrativa. O desfecho tem uma conotação sociológica surpreendente.



Camello a domicílio, de Hernán Montiel Figueiras, é outro conto narrado em linguagem explícita. Um belo dia, o filho de um farmacêutico de origem libanesa, nome Farid, decide fornecer para seus amigos ricos certas drogas que só podem ser vendidas mediante receita médica. A entrega é feita a domicílio. Trata-se de conto ligeiro, que aborda com simpatia e bom humor a vocação para o ramo comercial dos libaneses e seus descendentes.





As mulheres que participam desta antologia merecem um destaque especial. Elas se fazem presente com dois interessantíssimos contos: Inspiración, de Julieta Garcia Gonzáles, e El monstro de dos cabezas, de Norma Lazo.



E não o faço apenas pelo fato de terem sido escritos por duas representantes do sexo feminino e, sim, pela qualidade das obras. Enrique Serna, prefaciador da publicação, faz rasgados elogios às duas narradoras, encômios que endosso plenamente. Vejamos suas observações:



“No que tange à narrativa feminina, os contos selecionados apontam para uma ruptura com o feminismo brando e superficial das escritoras que dominaram a cena literária nas últimas duas décadas. Nada mais distante dos melodramas de mulheres sofridas, ou ao híbrido do realismo mágico e as novelas cor de rosa, do que uma ficção como “El monstro de dos cabezas”, de Norma Lazo, na qual a relação do casal é vista como uma ameaça à integridade corporal. Em “Inspiración”, de Julieta Garcia Gonzáles, o corpo feminino também sofre una metamorfose nas mãos do homem, neste caso um pintor com paixão por deformidades”.



Ao ler Inspiracion e perceber a fixação do pintor pela deformidade, anomalia esta que vislumbramos constantemente nas pinturas dos expressionistas, cheguei a presumir que a autora estaria, simplesmente, descrevendo uma pintura dessa escola ou tentando descobrir como o pintor chegara àquela imagem que se vê na tela: mãos nas costas, membros desproporcionais ao corpo um só olho, etc. Ou seria, simplesmente, como afirma o prefaciador, a “neurótica visión del varón como un invasor de cuerpos”? Leiam o conto e decidam.



Em El monstro de dos cabezas, um solitário mundo feminino é invadido por um homem que subtrai de seu par toda a liberdade. É daqueles apaixonados insuportáveis que vão se aproximando lentamente – como só os chatos sabem fazer - e acabam ocupando todos os espaços da amada. A formação do casal torna bastante desagradável a vida da mulher que, também, meio neurótica, suporta galhardamente a relação. Enrique Serna, diz que nesta narrativa “la relacion de pareja es vista como una pesadilla y una amenaza para la integridad corporal”.



O humor também se faz presente nesta antologia. E fino humor. São duas magnificas narrativas do estilo estética do absurdo: "Enciclopédia", de Francisco Hinojosa, e "Poirot", de Maurício Montiel Moreno.



No primeiro, utilizando o clássico estilo de humor "nonsense", o autor ironiza todo o sistema de ensino do país. Como diz Serna, trata-se de “una farsa delireante y sofisticada sobre la vida académica”.



O conto, narrado pelo protagonista na primeira pessoa, entrecortado ironicamente de inadequados provérbios em diversos idiomas, muito próprio de certo pedantismo cultural, conta a estória de um professor que certo dia foi designado pela direção do colégio para ministrar cursos gerais, cátedra que só poderia ser ocupada por um enciclopedista, como o personagem central se auto proclama.



Ao final de uma ascendente carreira de 24 anos, atinge à Presidência da República - brasileiríssimo e atual como se vê. Isso depois de sucessivas promoções a diretor de Colégio, reitor da Universidade e ministro da Educação, Na Presidência, conseguiu realizar o seu sonho maior: a enciclopedización de la sociedad,



Este foi, sem dúvida, um dos textos mais engraçados que li ultimamente. Fez-me lembrar, em algumas passagens e pelo estilo, “O Grande Mentecapto” de Fernando Sabino.



Já Poirot é uma competentíssima sátira aos contos policiais. Os lugares comuns, as descrições detalhadas, os exageros próprios ao estilo. Hércules Poirot, o detive de Agatha Christie, deve desvendar instigante enigma. E que enigma!.



Ziska y los viajes, de Guillermo Samperio, como o conto de Basulto, desenvolve-se no exterior. Neste, o palco é a Hungria, antes da queda do muro de Berlim, portanto, ainda sob a "proteção" da execrável “cortina de ferro”. O transcurso da estória naquele país propicia momentos de nervosismo e suspense. Contém, também, uma forte carga erótica, que mexe com a libido do leitor.



No âmbito dos contos fantásticos, incluem-se quatro narrativas de grande densidade. Em El umbral de las Brujas, de Ernesto Murguia Moreno, o mais jovem da antologia, como antes mencionei, o protagonista, um assassino, relata da prisão sua conflituosa vida com seu colega de cela. Provável produto da mente paranóica do protagonista, que delira entre real e imaginário. El último día de Baturasad, de Alberto Chimal, nos traz um país imaginário. O autor narra conflito de gerações com muita magia e abundante fantasia.



Em Un fausto de la sierra, Jesús de Leon recorda com saudade os contadores de estórias do seu tempo de infância, passado num “pueblo”, quando, ainda, não havia energia elétrica. Chama a televisão de “caixa idiota”, usurpadora do antigo reino de Scherezade. Relembra a estória narrada pelo melhor contador da localidade, Constancio, sobre um morador da aldeia, Don Porfírio, que teria feito um pacto com o diabo. Acompanhei-o na viagem, recordando, com saudade, meu tempo de criança, vivido no interior. Em El gato de Schrödinger, de Jorge Volpi, um gato, em inteligente, desesperado e sarcástico solilóquio, protesta contra as experiências de laboratório e pede socorro à humanidade. Consoante o prefaciador, trata-se de um fragmento de En Busca de Klingsor, novela do mesmo autor recentemente premiada na Espanha.



Mecanismo de luz de Severino Salazar, e La prima Trini, de José Joaquim Blanco, são narrativas que também se desenrolam em “pueblos”. Os dois escritores, juntamente com Jorge López Páez, José de la Colina e Eduardo Antonio Parra, participaram da antologia similar de 1999.



Em La prima Trini, temos a estória de um homem que, nascido e criado no interior, transfere-se, ainda criança, para a grande metrópole. Retorna à origem, por precisão momentânea, após muitos e muitos anos de distanciamento. Quem quer que tenha passado por essa experiência, que é meu caso, viverá intensamente este conto de José Joaquim Blanco e certamente se lembrará da desolação e angústia que sentimos ao perceber que nada mais era – ou provavelmente nunca fora - como imaginávamos. Nem as imagens, principalmente as agradáveis, que restaram gravadas na retina, eram as mesmas. Tudo produto de saudosas lembranças de felizes momentos vividos. Vem à mente a velha indagação do mestre Machado de Assis: quem mudara, eu ou a lua? Dá vontade de partir dali correndo, sem olhar para trás.



Nessa narrativa, a situação é ainda mais dramática, porquanto o retorno do protagonista é forçado. Depois de muitos anos, jamais lhe passara pela cabeça voltar à terra natal. Um belo dia recebe telefonema da prima avisando-o de que, sobre parte do cemitério do “pueblo”, iria passar uma estrada interestadual. Mister se fazia a exumação e o traslado dos restos mortais de seus ancestrais e ela não possuía recursos para fazê-lo. Não havia alternativa. Só ele poderia financiar e realizar a dolorosa tarefa. O protagonista recorda-se de Trini ainda menina e de sua paixão infantil pela prima. A volta reacende momentaneamente a chama, trazendo-lhe gratas recordações. É uma pungente estória.





Finalmente, Severino Salazar, em Mecanismo de luz, conta a vida de um relojoeiro de pequena vila interiorana, aproveitando a narrativa para fazer digressões sobre o cotidiano da sociedade mexicana, inclusive tratando de assunto que sei muito sensível à gente de seu país. Quem conhece o México sabe que até hoje está entalado na garganta do seu povo a perda, num passado não tão remoto assim, de parte do seu território para os americanos, como a Califórnia, Novo México, etc. A anexação, na marra, dessas áreas pelos americanos do norte ainda hoje mexe com o sentimento de patriotismo dos mexicanos.



Muito elucidativo desse estado de espírito é o diálogo do pároco da localidade com o protagonista, a quem este procurou para se aconselhar. Por causa de sua contumaz agressividade quando se embebedava, a família o abandonara e se transferira para Los Angeles. Passando por maus bocados, atormentava-o tremendo remorso. O vigário o auxilia a amainar seu sentimento de culpa, convencendo-o de que não deveria lamentar o fato, utilizando, entre outros, singelo e direto argumento: seus familiares estavam, apenas, cuidando de recuperar os territórios que já pertenceram aos mexicanos. Trata-se, ensina o padre, de uma invasão silenciosa, perfeitamente legítima diante de Deus e dos homens. Ele deveria deixar seu orgulho de lado e juntar-se à sua família.



Salazar também especula sobre as abjetas articulações dos donos do poder - a indefectível trivalência de sempre na América Latina: dinheiro/governo/clero - que com suas tramas indecorosas decidem, de forma sub-reptícia e arbitrária, o destino desse padre, transferindo-o para outra paróquia somente pelo fato de que se aproximara de seus fiéis como nenhum outro houvera feito. Isso incomodava o poder local. Foi o conto que mais me comoveu nesta antologia.



E comovido chego ao final desta apresentação, porque sei que por causa dela estarei definitivamente ligado à literatura do México, país pelo qual nutro irreversível simpatia. Na minha mocidade, lá estive inúmeras vezes, tantas que nem lembro quantas. Teria que consultar os passaportes antigos, mas nem sei por onde andam. Achá-los será tarefa de meus descendentes, se um dia se interessarem por saber por onde andei nas minhas viagens.



Só sei que jamais esquecerei de que foi viajando para-e-do país asteca, ainda no tempo dos quadrimotores da Panair, que conheci pessoalmente dois gênios do futebol brasileiro: o primeiro, numa ida, Canhoteiro, fantástico ponta esquerda, que à época jogava pelo Vera Cruz; o segundo, Garrincha, de quem não preciso dizer nada, num retorno. Desses dois encontros e as coisas engraçadas que aconteceram durante a viagem, contarei um dia, e se as escrever, nas minhas memórias. Mas, ainda não estou seguro de que tais fatos possam interessar realmente a alguém. Talvez tenha sido mero deslumbramento meu, diante dos fantásticos e imprevisíveis astros do nosso futebol.



Assim, por conhecer a terra mexicana razoavelmente bem, inclusive Fidel Velasquez, inesquecível presidente da poderosa Confederação dos Trabalhadores Mexicanos, citado num dos contos desta antologia, que posso proclamar, a “quiem corresponda”, como dizem os mexicanos, ou a quem não conhece aquele simpático país, que se trata do povo mais cantante da América Latina. Mais que nós mesmos, que somos bastante musicais. E sabem por que? Eu como amante da música revelo: porque os seus mariachis e outros cantantes estão cientes de que são intérpretes dos boleros mais dolentes e mais românticos da América Latina. Viva o México!



(Rômulo Marinho é diretor jurídico do Sindicato dos Escritores de Brasília)







































































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui