É frio, e nenhum cobertor apaziguara esse sofrer,
nem todos os mais altos faróis
serão capazes de iluminar essa escuridão.;
agito-me confuso na noite,
perambulo em sonhos horrendos,
perseguido por medusas e serpentes.;
Acordo esfalfado!
É quase manhã!
o sol lava o rosto na janela do nascente,
tira o resto de trevas que envolve
os olhos matinal!
taciturno observo ainda seu rosto pérfido e tênue
resvalar mansamente numa réstia
pela frincha na parede,
adentrando o ambiente.;
quando partiste,
com um sorriso devasso sobre o ombro.;
acompanhei-a hirto,
e vi impassível
seu vulto ser lentamente devorado pelo horizonte.
Autor.: José Ferreira de Matos
|