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Contos-->QUEM MATOU A PROFESSORA? -- 04/12/2002 - 21:04 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aquela noite ela chegou agitada. O rosto vermelho que expressava sua raiva também no olhar. Um silêncio e todos pararam. Observaram-na. Estava cansada. Assustada, talvez. Nenhuma palavra, só um vazio. Seu soluço - o olhar de medo em nossa direção. Parecia ter perdido o equilíbrio como na vez passada.
Alguma coisa estava diferente. Tudo era diferente, ainda que ela estava estática, sem reação. Pareceu que seu olhar correu em minha direção, como quem dizia "foi você quem fez isso?". Mas a curiosidade prevaleceria sobre sua alma. Ela não saberia quem era o culpado.
Uma vez ainda me lembro. Estávamos nós três, eu e mais duas amigas naquela noite lá na choperia. Bebíamos como desvairados, comentando da vida dos outros, como era costume em nossa época. Entre as garrafas que passavam sobre nossa mesa, e bebíamos satisfeitos a todas elas... (éramos bons no copo), comentamos a respeito de qual seria a melhor forma o seu fim.
- E se tudo isso fosse uma novela - perguntei a uma das colegas - se tudo isso que aconteceu fosse uma novela e o título fosse "Quem matou a professora?", quem vocês acham que seria? Minhas boas amigas me olharam e riram, respondendo ao mesmo tempo que seria eu o culpado.
Respondi, eu sou a principal suspeita... tenho certeza de que seria alguém que ninguém desconfiasse.
A partir daquele dia passamos a nomear todas as pessoas da sala e justificar porque cada uma faria o crime. Tivemos impressão que acertamos em algumas deduções, caso essa "novela" tivesse o final sonhado.
Mas ali estava a professora, na nossa frente, sem comunicação. Putz, justo ela?!Pareceu que fez uma pergunta com seu olhar. Mas de pouca coisa a gente sabia. Quando de repente, um infarto instântaneo comoveu todo seu corpo e em dois segundos estava ela morta no chão.
Quando, no alvoroço, abrimos a porta da sala para pedirmos socorro, vimos o cartaz recém posto no mural com letras bem grandes escrito assim: VAI MORRER A PROFESSORA.
Ela já estava morta no chão da nossa sala. Mas, quem teria posto aquele cartaz vermelho, com letras negras, e desenhos de demônios no mural? Eu e minhas amigas nos olhamos e logo pensamos na mesma pessoa.
Luiza chegou atrasada naquela noite, em meio ao fim do alvoroço. Teria pedido um beijo para ela se toda aquela cena não estragasse nossa noite.
Ah, Luiza... putz, ela me fazia até esquecer da professora, visto que não nos importava mais. Eu seguiria Luiza até uma floricultura mais perto a fim de comprar algumas rosas. No caminho ela me perguntou:
- Quem será que matou a professora?
- Eu sei, respondi, mas promete segredo?
- Claro!Respondeu.
- Prove isso com um beijo...

PS: Leia a interpretação do conto também inserida na minha página.
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