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Poesias-->TRAJETOS DIÁRIOS -- 10/02/2003 - 17:51 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No teu trajeto,

se é trajeto a rotina do trabalho para casa,

teu corpo,

dentro de um Ford retorcido,

torna-se sempre uma coisa sobre o asfalto,

às vezes miragem líquida;

às vezes espectro rolante.

Hoje no teu trajeto diário rumo as profundezas do teu ser caseiro,

(que se dissolve durante o sono,

em uma placidez qual sapatos emborcados sob a cama,

e acorda comovido, mesmo diante do mal cheiro que se exalou)

encontraste um acidente de autos com vítimas.

Tu passaste, mas restou o desejo,

daquelas ferragens pertencerem a ti,

se tu fosses o animal certo,

o ente trombador implacável sobre aquele mar,

uma jamanta sem lona permeável,

que não tremesse por dentro

como um eixo mal regulado.

Foi hoje, eu percebi

pelo teu rosto atento e arregalado,

fora dos limites do teu bólido de rodas,

tu, o imobilizado,

olhavas as vítimas e descobrias,

- atrás da escuridão de um óleo de vida enfim vencido -

a tua verdadeira e suprema

Tara.



Do livro “Borboletas noturnas não existem”



Leia os outros poemas, obrigado.



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