Como eu sorrisse um dia, a tal beleza imensa
Chega-me agora, em alegria esses cabelos
Esvoaçando sobre olhares indecisos
Com eles a de mim se rirem em canto e flores
É que em cada sonho que tenho me compensa
O culto que ferve o sangue, eriça os pelos
Tal qual o sol que vença e vibre sem avisos
E me venha a ser em furor o que tu fores
Na hora da volúpia louca, deslumbrante
Como uma voz que embale e diga bem de perto
Por qual mistério assim quisera sem disfarce
Tão nua quanto num espírito vacante
Roce um dilema eternamente a descoberto
Como um poeta que se encontra no amar-se