Finalmente
Revela o teu retrato
Uma transparência que eu desconhecia
Instintivamente afixada na tua beleza sublime
Quando pousaste vislumbrada
E me encontrou embaraçado
Preenchido do mundo que me passava em torno
Para agora quereres que indiferentes minhas mãos
Que o desejo de luxo e intransigente dominou
Não mais se lancinem?
Largasse os preconceitos plebeus
O futuro dos sentimentos nobres
Antes de enquadrar-se visionária
Agora, Cinderela, somos escravos
Subjugados ao apetite da dominação
E diante da nossa verdade ajoelhados, te peguei
És princesa agora, e minha mulher
Mais linda que a do Leonardo