AFRODISÍACO
Inquieto qual champagne, sorrateiro
Vinho verde Alvarinho Soalheiro
Espuma da loucura se derrama
Como das profundezas de uma trama
Na procura febril de um arteiro
Lábio, deleite do mais beijoqueiro
Cristal de papoula fluida que brama
Qual chama viril do fito que inflama
Põe-se a dançar em evolução estranha
E um seio pula e de repente escapa
Paixão em pompa que a nudez solapa
E tão furiosamente o leite assanha
Que qualquer mente nessa nova etapa
Por si mesma se perde e se encaçapa
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