Os tons de marrom do sertão
me entristecem
e crescem chorosos
cá dentro de mim,
preciso sair,
ir em busca das cores,
dos frutos e flores
que aqui nunca vi.
Pintar de vermelho,
mesclar de amarelo,
livrar-me das sinas,
nas chuvas sem fim,
rolar pela grama,
soltar essa mágoa,
cansei dessa fome,
pretendo partir.
Não quero chorar, Zéfinha,
por isso devo seguir,
do agreste de cor marrom,
a vida vou colorir.
Depois de pintada a tela,
ainda molhada a terra,
eu busco você daqui...
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