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— Em estado resignado,
de aceitação e paz,
dentro do iluminado,
pode um mal contumaz,
visto pela consciência
comum, assim ser chamado,
um drama na existência
para ser considerado?
— Qualquer mal que nos ocorre
surge da inconsciência,
é do ego que transcorre
o drama na existência.
Quando nós nos religamos,
nós paramos de pensar,
nossa mente governamos
pra um drama não criar.
Mas muitos se apaixonam
por dramas particulares.
Mais força adicionam
a um sentir regular,
ou sentem menos
do que é próprio sentir.
O ego, com seus venenos,
promove tal consentir.
É quando suas histórias
e você ficam idênticos,
sejam elas belas, glórias,
ou de fatos inautênticos.
No ego você investe
todo o senso de eu
interior. Quer que preste
pra resolver tudo seu.
Você quer dele resposta,
solução ou cura pronta,
e o que mais lhe desgosta
é quando ele dá conta,
pois você não quer o drama
resolvido, terminado.
Prefere deitar na cama
com seu drama bem pensado.
Enquanto você é mente,
seu medo é acordar,
despertar-se, de repente,
e paz lá dentro ganhar.
Se "o que é" aceitamos,
todos os dramas acabam.
As discussões rejeitamos,
a ninguém mais sorrabamos.
Ninguém mais nos manipula
ninguém vai nos provocar,
ninguém mais nos estimula
ao impossível focar;
não vão nos intimidar,
negando nosso saber,
ninguém vai nos sorrabar;
podem até nos lamber.
Não se pode discutir
com alguém inteiramente
cônscio do seu existir,
não importa quem o tente.
Uma discussão implica
em identificação;
sua mente não abdica,
finca numa posição,
resiste, reage, truca
qualquer outro argumento
de pessoa mais maluca,
seja qual for o evento.
Ambas as polaridades
ficam mais energizadas,
ambas as identidades,
tão incônscias, irritadas.
Em contato com o Ser,
nossos bons pontos de vista
vamos estabelecer,
sem reação d"arrivista,
sem querer nos defender,
sem a ninguém agredir;
drama não vai florescer,
conflito não vai surgir.
Ninguém consegue pensar,
quando cônscio, em conflito.
Com ninguém vamos lutar,
nem a nós mesmos dar pito.
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