INSONE
Na suavidade do pensamento noite
Um presente da noite
E foi-te o frio embora
O calor é já ungüento e cola
Numa ilusão habitada de ti
Porque ferve o sangue e faz derreter
Para tudo ressoldar de novo
A ereção silenciosa e plástica
Onde me entrego sem fim e me acabo
Na cadência da ilusão que vem do lado
Em sabor de um alvo corpo nu
Branquinho da textura das princesas
Além da sedenta boca de rubros lábios
Que se despede em fragmentos
Em vem dar cá no papel
Que na certeza de um instante só teu
Venceu a desistência de mim
A lua inundou minha janela
E arrebatou-me o sono e fim