"Poesia é inspiração, hamonia, elevação, associação de pensamento, naturalidade aliada à espontaneidade. Essa gama toda, naturalmente com os toques de filosofia e psicologia que permitam os conhecimentos de cada poeta, dá, em resultado, aquela poesia que traduz os fenômenos sociais de uma época.
Se colocarmos o olhar em retrospecção por toda a história da humanidade, veremos, por força, que muitos séculos antes da era cristã, a poesia popular ja dominava a consciência do homem, impondo a ele muitas reflexões, visto que na própria poesia, está imanente a verdade sociológica. Na própria Bíblia Sagrada, vamos encontrar os dois mais importantes reis da raça hebraica falando em verso ao Todo Poderoso, em sinal de submissão, ao mesmo tempo em que levavam aos seus súditos momentos de verdadeiro enternecimento.
Por essas condições, vê-se que a poesia popular foi, é e sempre será a arte de comunicação mais natural que se possa oferecer em termos de alegria e, até, exprimir sentimentos os mais diversos de cada estágio social. Todavia, a poesia não se restringe às estreitas fronteiras dos versos rimados, medidos ou delimitados pelas exigências daqueles que procuram prender a espontaneidade do poeta dentro dos estreitos padrões ou regras literárias dessa ou daquela escola, como se poesia fosse uma coisa estática. Em tudo isso, pode atá haver muita poesia. Porém, poesia mesmo não é apenas isso e nem também seria um enxurro de palavras mal amontadas que os tais modernistas impingir, tachando-as de poesia moderna".
DE REPENTE: Revista de divulgação cultural-Teresina
