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Ensaios-->PEQUENO ENSAIO EM RIMAS. -- 24/10/2005 - 12:08 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

GUERRA E PAZ DE NOSSOS TEMPOS
(Domingos Oliveira Medeiros)

A paz, o puro branco, eu vi pulsando
no coração mais puro: o das crianças.
A cor do futuro estava ali, presente;
um futuro verdejante de esperanças.
Envolto em sonhos mágicos, utopias
de todas as cores e de muitas fantasias,
no brilho dos olhos e das tranças.

O amor ao próximo e às liberdades,
um mundo de paz eterna se previa.
As flores, os campos, os rios e os mares,
tudo era motivo de alegria.
Montanhas gigantes,do alto da serra,
a paz e o amor escorrendo pela terra.
Um rio de entusiasmo assim nascia.

Não demorou, e os pequeninos cresceram.
Envoltos no negro e na escuridão, transformaram-se
em homens e mulheres que nada viam,
a não ser pedaços daquela explosão:
a fome, a dor, o sofrimento, enfim.
Flores mortas enfeitavam o antigo jardim.
Exalando os odores da angústia e da solidão.

Surgem as cinzas. Restam escombros.
Sobras de tristezas em cada coração.
Não há destino, não se arriscam rumos.
Não há luz no túnel. Escureceu a razão.
Não há mais motivos para sorrir.
Nada se espera. Não há porvir.
Apenas as sombras de lágrimas enfeitam o chão.

O vermelho do sangue escorre pelas ruas.
O líquido do futuro verdejante é derramado.
Transborda o rio negro da vingança,
simbolizando a morte de um passado
que um dia foi verde, foi criança;
que teve sonhos, e guardou a esperança
no coração, em segredo, bem guardado .

Hoje a criança mudou de cor, amadureceu.
Seu coração vazio, está seco e petrificado,
asfixiado em lágrimas, não mais sorri.
Se sente só, sem esperança, injustiçado.
Esperando a hora de morrer um dia
e abandonar seus sonhos e a ousadia
de ter nascido, ser menino, e ter sonhado.

Com um mundo de paz, sem violência.
Um mundo com muito amor, justiça e liberdade;
para gozar a vida com seus mil amores.
Desde criança, até o início da puberdade,
acostumara-se a sonhar com outro mundo.
Que só conheceu em pensamento profundo.
Hoje é descrente de toda a humanidade.

Furacões, tempestades, maremotos.
Culpam, os incautos, a própria natureza .
Oceano de argumentos sem sentido.
Escondem o que sabem, com certeza.
A ganância, indiferente ao semelhante.
Mudam crenças e valores a cada instante.
A arrogância põe as cartas na mesa.

Governantes, sorrateiros, majestosos.
Pobres homens, travestidos de estadistas!
Dizem-se amantes das liberdades e da justiça,
Mas, no fundo, não passam de rivais terroristas.
Corsários e piratas de liberdades surrupiadas;
autores de mortes e de misérias anunciadas.
Entre anônimos e omissos, é grande a lista.


Os meios, não importa, justificam os fins.
Fins que se curvam aos ditames da economia.
Poluindo rios e mares, agredindo a natureza.
Tudo em nome do lucro fácil. Da utopia.
Árvores, aves, animais, e até o homem, ameaçados.
Culturas, crenças e valores impostos, modificados.
Consentido pelo medo, pela subserviência, pela covardia.

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