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Cordel-->MUITOS VERSOS DE IMPROVISO -- 14/10/2003 - 09:33 (José de Sousa Dantas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MUITOS VERSOS DE IMPROVISO

Edmilson Ferreira (EF) do PIAUÍ e Raimundo Nonato (RN) da PARAÍBA,
Cantoria em 11/10/2003, em João Pessoa – PB

Temas apresentados no ato e desenvolvidos com rapidez pelos repentistas

·UM CANTADOR DE TALENTO
·DINHEIRO O QUE É QUE FAZ
·O FUTURO ESTÁ NA MÃO DE QUEM TÁ NA MÃO DA GENTE
·TODOS NÓS SOMOS PALHAÇOS NO PICADEIRO DA VIDA
·UMA APOLOGIA AO MAR
·CANTORIA NA PRAIA É DIFERENTE DO BAIÃO DE VIOLA NO SERTÃO
·DESAFIO
·A LUA CHEIA PAROU PRA ESCUTAR CANTORIA
·COQUEIRO DA BAHIA
·A VELHICE É UM IMPOSTO, QUE NÃO TEM ABATIMENTO

UM CANTADOR DE TALENTO

EF
À falta do meu colega,
hoje eu trouxe o meu irmão,
quem apostou no sucesso
da substituição,
trocou apenas de marca,
mas de qualidade não.

RN
Ouvi a convocação,
que o imprevisto nos toma,
a festa mudou de rumo,
a festa, outro rumo toma,
e quem troca um 10 por um 8,
vê diferença na soma.

EF
LISBOA foi desculpado
por Orlando Camboim,
por questões inadiáveis,
ele faltou mas eu vim,
QUEM VEIO NO LUGAR DELE,
CANTA POR ELE E POR MIM.

EF
A mulher dele doente,
nas mãos de DEUS, eu entrego,
que o motor da vida humana,
feito de músculos e ego,
nunca mais será o mesmo
depois do primeiro prego.

RN
Eu de cantar me encarrego,
no lugar do seu parceiro,
estou entrando no filme,
sem conhecer o roteiro,
mas meu espinhaço hoje
não volta pra casa inteiro.

EF
Nessa troca de parceiro,
o que será de meu nome,
fugi da presa da onça,
que até pensamento come,
pra cair dentro da jaula
de um leão morto de fome.

DINHEIRO O QUE É QUE FAZ

RN
Em qualquer lugar do mundo,
todo dinheiro é querido,
por ele, PC foi morto,
Collor foi destituído,
o juiz Lalau foi preso
e Jesus Cristo foi vendido.

EF
O dinheiro é conseguido
por juros, saldos e cotas,
resolve as questões externas,
mais recentes, mais remotas,
mas os problemas internos
fogem ao controle das notas.

RN
Tesouro dos agiotas,
de lobista e de doleiro,
passa por mãos de bancários,
sai da conta de banqueiro,
toda grande empresa existe,
porque existe o dinheiro.

EF
Dá brecha pra o exagero,
recebe o socialismo,
eliminou o escambo,
deu vez ao capitalismo,
priorizou meia dúzia
e pôs o resto no abismo.

RN
É o pai do consumismo,
que os ricos dão preferência,
eleva preço de honra
e tabela de consciência,
na sobra, o saldo é fortuna,
na falta, o risco é falência.

EF
Dinheiro traz violência
e obsessão por sucesso,
há motivação de guerra,
há construção de processo,
há sensação de poder
e há ilusão de progresso.

EF
Dinheiro em soma elevada,
tem gerado ultimamente
desvio na previdência,
seqüestro ao monte de gente
e um bocado de atentado
aos filhos do Presidente.

RN
Conta poupança ou corrente
ou leasing da financeira,
preenchimento de bolso,
orçamento de carteira
e a solução do problema
de quem tá na quebradeira.

EF
O dinheiro à vida inteira,
sendo enaltecido vem,
ânsia de quem não possui
e a luxúria de quem tem,
prazer de quem possui muito
e fome de quem vive sem.

RN
Dinheiro é o maior bem,
está servindo ao poder,
comissão pra deputado,
salário de premier,
infelizmente eu não tenho
do tanto que eu quero ter.

EF
O dinheiro dá prazer,
mas constrói decepção,
se Ulysses não fosse rico,
não andasse de avião,
não teria falecido
naquela situação.

RN
Eu sei que os dinheiros são
mais motivos de estudo,
Alemanha tinha o Marco,
Portugal tinha o Escudo,
mas isso foi no passado,
que o EURO é quem manda em tudo.

EF
O dinheiro como estudo
também tem muita faceta,
a industrialização
contra o ultravioleta,
e feito os Estados Unidos
na potência do planeta.

RN
O dinheiro no planeta
é importante, porque
ele é quem compra em Lisboa,
é quem sustenta você,
que a gente aqui não cantava
sem dinheiro pra o cachê.

EF
O BRASIL que a gente vê,
tem dinheiro em sua esfera,
trocou muito de moeda
tal fosse uma coisa mera,
e prossegue capitalista,
do mesmo jeito que era.

O FUTURO ESTÁ NA MÃO DE QUEM TÁ NA MÃO DA GENTE
Pedido de DANTAS

EF
A criança pequenita
faz tudo pra que se integre,
é risonha, quando alegre,
chorando quando se irrita,
não tem coisa mais bonita,
que uma criança inocente,
nem tem pai mais influente
do que o amor que os pais dão.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente.

RN
O cinema que ela atua,
a cena formada, é nobre,
porque não tem grana, é pobre,
porque não tem roupa, é nua,
no Brasil, em toda rua,
se vê criança carente,
sem apoio de parente,
sem aconchego de irmão.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente

EF
A criança satisfaz,
mesmo fazendo barulho,
hoje LULA sente orgulho
do que fizeram seus pais,
que há cinquenta anos atrás
a sua mãe certamente
fecundava o presidente
do destino da nação.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente

RN
A criança sábia ou rude
não recebe mais decência,
sem paz pra adolescência,
sem rumo pra juventude,
o corpo com muito grude,
com muita cárie no dente,
a saúde decadente,
pior, a educação.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente.

EF
O nó da paz não desate,
seja o melhor dos bons pais,
que a criança quer a paz,
não às armas do combate,
se ela sorrir, não empate,
se ela chorar, não lamente,
se ela pedir leite quente,
dê de peito e coração.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente.

RN
Na calçada ela se choca
a sarjeta é o seu ninho,
a criança dá carinho,
sem pedir carinho em troca,
mas seu presente não foca
o futuro promitente,
como é que nasce a semente
sem ter quem semeia o grão.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente

EF
Na criança não dê veto,
que as crianças, meus senhores,
são os futuros doutores,
engenheiro e arquiteto,
e o nosso filho ou neto
mandará futuramente,
quando a classe atualmente,
for candidata ao caixão.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente

RN
Ela sofre os embaraços,
por ser vitima do consumo,
sem ter quem indique o rumo,
sem ter quem siga seus passos,
a fome algemando os braços
do seu corpo já carente,
e a lágrimas botando enchente
no rio do coração.
O futuro está na mão
de quem tá na mão da gente.

TODOS NÓS SOMOS PALHAÇOS NO PICADEIRO DA VIDA
Mote de Arnaldo.

RN
Esse mundo é uma estrada,
a existência é um curso,
o presente é o discurso,
o futuro é a piada,
o início tem uma escada;
e a cova só tem saída,
e a missão só tá cumprida,
depois que a porta abre os braços.
Todos nós somos palhaços
no picadeiro da vida.

EF
A vida dum lutador,
que padece o tempo inteiro,
um eterno picadeiro,
seja no lugar que for,
caçando santo em andor,
e milagre na ermida,
como ouro na jazida
e como as nuvens nos espaços.
Todos nós somos palhaços
no picadeiro da vida.

UMA APOLOGIA AO MAR

EF
Nós dois viemos munidos
de viola pra tocar,
mas quando o cérebro constrói
um verso pra se cantar,
nós tiramos da cabeça
e arremessamos ao MAR.

RN
JORGE pediu pra cantar,
sem causar nenhuma afronta,
o pinho que a gente toca,
o verso que a mente monta,
o MAR que é continente,
que eu não sei que toma conta.

EF
Viola não se desmonta,
versos não são submersos,
no MAR que possui mistérios,
que tem tubarões perversos,
vai ter que parar um pouco
pra escutar nossos versos.

RN
Eu contemplo os universos,
admiro a imensidade,
e a viola quer que eu toque,
o baião de qualidade,
o verso espera que eu cante,
e o MAR espera que eu nade.
......
RN
Nesse meio a gente ensaia,
e o verso no MAR reflete,
viola tem cinco letras,
repente, letras tem sete,
o MAR tem apenas seis,
são seis quando se repete.

EF
Viola se compromete
acordar pra o desafio,
o repente é sempre quente
e o MAR sempre verde e frio,
E A GENTE JUNTA ELES TRÊS
DENTRO DO MESMO ELOGIO.

RN
Eu não tou sentindo frio,
mas tou seguindo os assuntos,
o MAR, viola e repente,
pra formar os três conjuntos,
o MAR perto, DEUS bem longe,
mas aqui estamos juntos.

EF
Viola enfeita os assuntos,
possui de cordas um feixe,
o MAR tem embarcações,
desde o navio ao peixe,
e o repente só é feito
se pedir que a MUSA deixe.

EF
Dentro desce nosso ritmo,
a DEUS tenho perguntado,
como é que a viola é feita,
como o repente é cantado,
como é que o coco é tão doce,
perto dum MAR tão salgado.

RN
Verso que eu tenho cantado,
na viola com seus dós,
o MAR se parece um filme,
que os atores somos nós,
o vento acompanha a música,
DEUS bota a segunda voz.

EF
Aqui não estamos sós,
aqui JESUS nos inspira,
as ondas tocando leve,
repentes ao som da lira,
não se vê melhor cenário
para o Mister Caipira.

RN
A nossa dupla se inspira
e no final paga a promessa,
verso com métrica e com rima
viola com corda e peca,
e o MAR com tantos quilômetros,
que não tem ninguém que meça.

EF
O repente é feito à beça,
com rima distribuída,
a viola é de madeira,
por artesão construída,
e o MAR um eterno espelho,
onde a lua é refletida.

RN
A arte é a nossa vida,
um caldeirão de talentos,
a viola é presa aos braços,
o repente solto aos ventos
e o Titanic da rima
no MAR dos meus pensamentos.

EF
Com viola a gente canta
pra que o público não confunda,
o MAR, o gigante vivo,
que tem água rasa e funda,
e viola, um outro oceano,
onde o repente se inunda.

RN
É primeira e não segunda,
essa festa de prazer,
o baião que eu sei tocar,
o verso que eu seu fazer,
e o MAR da água salgada,
que eu vou morrer sem beber.

EF
Na viola eu sei fazer,
o verso não desencalma,
pra o MAR, eu peço silêncio,
pra o viola, eu peço palma,
O MAR ALIMENTA A VIDA,
O VERSO ALIMENTA A ALMA.

CANTORIA NA PRAIA É DIFERENTE DO BAIÃO DE VIOLA NO SERTÃO, Mote de Zé Augusto

RN
Na cidade eu me sinto forasteiro,
mesmo sendo poeta repentista,
se a maré é mais bela pra o turista,
o sertão é melhor pra o violeiro,
tem peru dando voltas no terreiro,
tem cavalo amarrado no mourão,
uma vaca empurrando um cancelão
e um cachorro deitado num batente.
Cantoria na praia é diferente
do baião de viola no sertão.

RN
Sei que o mar é gigante, é sem igual,
e o sertão é bonito e hospitaleiro,
tem um galo cantando no poleiro,
e um capote correndo num quintal,
uma foice de ferro no frechal,
uma rede de saco no oitão,
e um tição esperando no fogão,
que o fogo da trempe fique quente.
Cantoria na praia é diferente
do baião de viola no sertão.

EF
A cidade que eu canto não é ruim
o repente que faço é sem desmétrica,
mas aqui se vê só a luz elétrica,
no sertão que eu nasci, não é assim,
um PINGUÇO rodeia um botequim,
com um copo de cana em sua mão,
É UM GOLE NA BOCA, OUTRO NO CHÃO,
JÁ QUE O SANTO PRECISA DE AGUARDENTE.
Cantoria na praia é diferente
do baião de viola no sertão.

EF
Imaginem no chão de Ibiapaba,
um poeta no timbre da garganta,
quando pensa um baião, se inspira e canta,
DEUS ajuda e o verso não se acaba,
cantador é do jeito de piaba,
não dá certo encostado a tubarão,
e o apito da grande embarcação
não imita toada de repente.
Cantoria na praia é diferente
do baião de viola no sertão.

DESAFIO

EF
A platéia sugeriu
e eu de bonzinho atendi,
pediram que a PARAÍBA,
assanhasse o PIAUÍ,
eu sabia que não ia
sair ileso daqui.

RN
LISBOA que eu conheci,
lhe agüenta diariamente,
o arrocho do seu braço,
a mordida do seu dente,
não pense que eu sou LISBOA,
que comigo é diferente.

EF
Pois prepare o seu repente,
dê a ordem ao seu comando,
que meu espinhaço é firme,
meu lombo está esperando,
mas talvez não seja fácil
como você tá pensando.

RN
Não vá pensar que eu sou brando,
que eu nunca perdi parlenda,
meu tubarão tá com fome,
meu cardápio é de encomenda,
e o peixe do seu tamanho
não dá pra minha merenda.

EF
Quem entra na minha senda,
fofocando se desgosta,
pra qualquer pergunta sua,
eu posso dar a resposta
eu não sou páreo tão fácil
como é NONATO COSTA.

RN
A sua figura exposta,
cantando faz mais besteira,
a cabeça é uma jaca,
o seu corpo é uma caveira,
e o Zé Lesim é mais gordo
do que Edmilson Ferreira.

EF
Não gosto de brincadeira,
e nem quem tá voltando atrás,
cantador quando começa
com piadas pessoais,
é porque não tem assunto
e não sabe pra onde ir mais.

RN
Você tá ficando atrás,
muito além desse incidente,
eu não vou brigar com faca,
mas sei brigar com repente,
quer escapar, fique ao lado,
quer morrer, fique na frente.

EF
Eu também canto repente,
eu também ganho cachê,
eu também corro o nordeste,
eu também gravo CD,
e boto meu cachê em jogo
se eu não ganhar de você.

RN
Pois por favor hoje dê
mais aula do que recreio,
minha bala é resistente
e o meu revólver tá cheio,
eu nunca atirei num alvo,
pra não acertar no meio.

EF
Em respeito o seu esteio,
como repentista canho,
eu gosto do seu talento,
eu respeito o seu tamanho,
mas seu nadador se afoga
no rio que eu tomar banho.

RN
Meu verso não é tacanho,
tem a minha POESIA,
o seu turista se perde,
o seu cientista não cria,
e uma vez que você sabe,
quando eu nasci, já sabia.

EF
Se você nessa porfia
tenta me botar pra trás,
eu posso até enforcar
as suas cordas vocais,
e jogá-lo dentro do mar
pra não ter quem ache mais.

RN
Você está muito atrás
e o povo nem quer ouvir,
pois vou levar pra os congressos
pra o público se divertir,
ele é bom pra levar por
a platéia pra dormir.

EF
Você pensa num porvir
diz que é bom animador,
mas no Mister Caipira,
você como um trovador,
mais Caipira que Mister,
mais ateu que cantador.

RN
Eu sou seu superior,
a informação me vem,
ainda não matei gente,
e hoje é o jeito que tem,
eu comprar uma pistola
e começar a matar também.

EF
Só dizem quem canta bem,
quem tenta e não me encabresta,
a ciência evoluiu,
do sábado até a sexta,
MAS INDA NÃO FEZ REMÉDIO
PRA CURAR CANTADOR BESTA.

RN
Eu sou sábio e ele é besta,
ele é burro e eu sou doutor,
meu país é estrangeiro,
meu nível é superior,
e a produção do meu verso
nunca faltou comprador.

EF
Você diz que é cantador,
mas é cheio de pantim,
essa roupa de sulanca,
essa cara de soim,
essa cabeça de índio,
pensando que dá em mim.

Eita desafio carregado!

A LUA CHEIA PAROU PRA ESCUTAR CANTORIA
Mote de JATOBÁ

RN
É donzela sem namoro,
que brilha por toda parte,
eu sou relíquia pra arte,
e ela pra o céu é tesouro,
amarela como ouro,
redonda como bacia,
o repente eu sei quem cria,
e ela eu não sei quem criou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

EF
Parada na amplidão,
de amarelo se traja,
que quando a gente viaja
aumenta a contemplação,
pediu a DEUS permissão,
pra demorar mais um dia,
que se fosse, perderia
o brilho do nosso show.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

RN
Pra ouvir sextilha e mote,
o cenário está assim,
galáxias de camarim,
estrelas de camarote,
a lua é um holofote,
no céu brilha neste dia,
pra ficar na portaria,
não sei quem DEUS escalou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

EF
Redondinha e reluzente,
das estrelas, é amante,
porém parou num instante
do começo do repente,
já que o sol está ausente,
o cometa não vigia,
e em nome da POESIA,
parabéns, a ela eu dou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

RN
A lua não ameaça,
porque seu brilho me enfeita,
eu não sei de que foi feia,
se foi de gelo ou de massa,
os clarões que ela passa
nas brechas que ela se enfia,
eu até ontem não ia,
mas daqui pra frente eu vou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

EF
No céu a lua passeia,
pra externar seus valores,
faz no mínimo os cantadores
escutar voz da sereia,
como foi fina, tá cheia,
quando foi, pra onde ia,
vai explicar pra Maria,
como foi que engravidou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

RN
A lua tem mil fregueses,
por todo nosso planeta,
amarela em voz de preta,
eu digo isso muitas vezes,
cheia só passa três meses,
depois disso, ela esvazia,
o desenho que DEUS cria,
não sei quem foi que pintou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

EF
A lua do meu porvir,
à qual festejo, eu sou fã,
até cedo da manhã,
no céu pretende luzir,
o céu tentou impedir
o que ela gostaria,
e a sua sabedoria,
de DEUS, do céu empatou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

RN
Não tem quentura de brasas
não tem câmaras nem pneus,
abaixo dos pés de DEUS
e acima das nossas casas,
a lua voa sem asas,
trafega sem rodovia,
se esconde durante o dia
e de noite faz o seu show.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

EF
A lua que brilha a gente,
só não brilha no mormaço,
fica quieta no espaço,
brilhando meu continente,
admirando o repente,
ajudando a melodia,
SÃO JORGE com maestria,
carona nela pegou.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

RN
A lua tem outro porte,
que no espaço se encaixa,
se é mais alta, se é mais baixa,
se é mais fraca, se é mais forte,
ela não tem passaporte,
mas anda por toda via,
é a que brilha na TURQUIA,
é a que brilha em MOSCOU.
A lua cheia parou
pra escutar cantoria.

COQUEIRO DA BAHIA

EF
Eu agradeço à platéia,
a DEUS e à natureza,
e o mar com sua beleza
balança até a aurora,
ainda está morno agora
e a noite ficando fria.
Coqueiro da Bahia
quero ver meu bem agora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora.

RN
A Orlando, Zé Augusto,
a Celso, a Pedro Fernandes,
e aos apologistas grandes
que ao nosso clube incorpora,
tudo o que sou nessa hora,
sem vocês eu não seria.
Coqueiro da Bahia
quero ver meu bem agora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora.

EF
A dupla da gente canta
enquanto parabeniza,
a Orlando, que organiza,
que conosco colabora,
a Pedro que ao verso adora
e a DANTAS que prestigia.
Coqueiro da Bahia
quero ver meu bem agora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora.

RN
A Josué e a Vavá,
a Arnaldo e Dona Cida,
Jatobá, que nos convida,
pra ir aonde ele mora,
infelizmente é a hora
no final da cantoria.
Coqueiro da Bahia
quero ver meu bem agora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora.

EF
A gente cantou sentindo
o cheiro da natureza,
eu tenho toda certeza,
que DEUS do céu nos adora,
que a MUSA colabora
conosco e com nosso guia.
Coqueiro da Bahia
quero ver meu bem agora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora,
quer ir mais eu, vamos,
quer ir mais eu, vambora.

De autoria e declamado por JATOBÁ

O estado de ancião
num segundo se desmonta,
ser velho é pagar a conta
dos anos sem correção.

A VELHICE É UM IMPOSTO,QUE NÃO TEM ABATIMENTO

Esse imposto intransigente,
posso compará-lo ao sol,
cada um tem um farol,
mas a taxa é diferente,
quando é no sol nascente,
você fica quase isento,
mas é brutal o aumento,
quando o seu sol está posto.
A velhice é um imposto,
que não tem abatimento.

No seu estágio senil,
começa a tributação,
com a fome do leão,
da receita do Brasil,
e pra sentir o perfil
do seu endividamento,
pode ver o surgimento
das rugas pelo seu rosto.
A velhice é um imposto,
que não tem abatimento.

Não precisa CGC,
nem resolução fiscal,
pois esse débito afinal,
pago eu, paga você,
a pauta é o RG,
feita no seu nascimento,
e o seu regulamento
durante a vida é exposto.
A velhice é um imposto,
que não tem abatimento.

O tempo é o cobrador,
a idade é a fatura,
a cobrança é tão segura,
que não tem sonegador;
não tem índice redutor
nem também parcelamento,
e a taxa de cem por cento
é imposta a contra-gosto.
A velhice é um imposto,
que não tem abatimento.
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