Procuro-me
Pisando em ovos
Encontro-me
Pisando em cacos
Acho-me sendo devorado
Dos vorazes sentimentos
Por que me experimento
Saber qual é a cor
Do sangue e o seu sabor
Que a natureza dita inanimada
Mas de um frêmito sobrenatural
É volúpia animal
Em movimentos súbitos
Violentos e gratuitos
Gritos lançados ao vento
Sem a liderança do espírito
Ausência total de face
Diz, rancoroso espelho
Que esse não sou eu