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Ensaios-->Carta a um amigo, e mestre, sobre o Clima, o Tempo e os Vent -- 05/10/2005 - 16:10 (FERNANDO HENRIQUE OLIVEIRA DE MACEDO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta a um amigo, e mestre,
sobre o Clima, o Tempo
e os Ventos
(por Fernando H. O. de Macedo, cidadão, universitário, eleitor e contribuinte)

Brasília., 3/5 de outubro de 2005.

Prezado Professor Sérgio,

O Sr. me perguntou se, na minha opinião, já haveria, ou não, “clima” para uma mudança (brusca, e pra valer), no atual Festival da Palhaçada que Infelicita o País (Fespalinpa).
O problema, a meu ver, não é de “clima” (que visivelmente já há!), mas, antes, de lideranças (locais, regionais e nacionais), que ainda se encontram em processo de (agora não mais relutante!) gestação. Creio que quando elas passarem a existir (reconhecidas e atuantes como tais), bastará aos líderes co-mandar “Pega Ladrão”:- e não sobrará um único (vivo!), meu irmão!!!....
No mais, é só lembrar (quando se pergunta sobre haver, ou não, “clima”), que “o Soldado é inferior ao Cabo, mas superior ao clima”... .

É visível, ademais, o fato de que a corrupção (aqui talvez exatamente porque tem ela sido exposta e suavemente punida), não mostra qualquer viéz no sentido de se auto-corrigir:- mas, antes, apenas no de se retro/re-alimentar.
É o que ora se constata claramente, ao se ver avançar, com decidido denodo, o processo “pizza-faciendo” ora em curso, com a fase de “preparação da massa”, na forma da eleição do Dep. Aldo Re-bello, para substituir “Seu Çé-Virinu”:- algo que, até onde se saiba até agora, já custou pelo menos R$ 1,5 BILHÃO (dinheiro — também esse — PÚBLICO), só que, agora, na forma de “Emendas Parla-mentares” (para as lamentarmos!) ao já inchado Orçamento Geral da União do ano vindouro.
Ou Seja:- a fim de se assegurar a desejada impunidade dos quase dezoito Mensalobres (os “Quase Dezoito, dos Fortes”) — já que não foi com outro intento que o Governo propôs a eleição de Rebello — MAIS dinheiro público se desvia, e se utiliza ilegalmente, para satisfazer a inte-resses (eleitoreiros privados), tudo se fazendo do mesmo modo, para a mesma finalidade, e segundo a mesma “tática” de COMPRA DE VOTOS, de resto, a mesma ora sob (natural-mente “mui criteriosa”!) investigação Congressual.
Ou Seja:- nada mais que a própria (e mesma!) corrupção de sempre; e, como sempre, também agora repisando-se e se retro-alimentando, sempre segundo os mesmos métodos e táticas já execrados, tudo ocorrendo afrontosamente debaixo de nossos mesmos narizes, num assalto-à-luz-do-dia aos nossos mesmos (e sacros!) bolsos de Contribuintes!!!.
Só mesmo neste Brasil, PÁTRIA QUE NOS PARIU!!!. Como nos dizia o Cap. Maduro, no CPOR, em sua diáfana sutileza, à la Analista-de-Bagé:- “Algo de nos fazer cair o cú da bunda, barbaridade-Tchê!”.

Acho que a frustração atual é consistente, exatamente porque é geral:- desde aquele cidadão anônimo (que é diuturnamente massacrado pela ausência de apoio Estatal, por cor-rupção, por juros escorchantes, e por falta, absoluta!, de esperanças e de perspectivas); passando pelo universitário de classe média (que não vê por que estudar, se jogar futebol e/ou traficar tóxicos pare-ce ser muito mais vantajoso que atuar como médico, advogado, ou engenheiro); até culminar nos pe-quenos empresários (que observam os grandes — p.ex. Antonio Ermírio e J. Guerdahl — retirando, discreta, mas persistente e sistematicamente, seus investimentos do País, criando emprego lá fora, e desemprego aqui dentro, e dessarte dando um péssimo exemplo a potenciais investidores estrangeiros. Somos, hoje, um País de desempregados e de jovens carentes de auto-estima, de fé e de perspecti-vas:- não importa o que o Governo do PT tente impingir, e empulhar, em sentido contrário. Isto, obvi-amente, sem falar dos oficiais militares (superiores, intermediários e subalternos), que vêem seus Gene-rais “mijando pra trás”, e contentando-se com migalhas, em vez de esmurrarem a mesa (ou virarem-na!) pelas mais grossas fatias orçamentárias de que as 3 Forças precisam, para saírem do sucateamento geral em que se encontram. Forças Armadas inexistentes dão menos despesa que Forças capengas, como as nossas ora, e surrealisticamente, se encontram... .
Acho que nunca antes estivemos tão próximos de nosso próprio “14 – Juillet”. Acho que os escândalos (Celso Daniel, Mensalão, Çé-Virinu, Correios/Bingos, etc.) desempenham atualmente aquele mesmo papel (de desmoralização das Instituições e de desencanto geral com o Estado e com as atuais Lideranças Institucionais) já antes desempenhado pelo (fatídico!) colar de brilhantes de Marie Antoinette, e/ou pelas molecagens de Rasputin junto à Corte Tsarista. Acho que o Povo já intuiu que não pode mais esperar por “soluções”, maxime se oriundas daqueles que têm a ganhar, exatamente, com a existência dos problemas. Acho que “hierarquia” e “disciplina” são, hoje, meros ideais que já não beneficiam (nem enganam!), na prática, mais ninguém:- só castram, revol-tam, e pesam sobre aqueles situados nos graus mais baixos da atual hierarquia social, aliás os últimos a falarem, e primeiros a “levarem chumbo grosso”!. Acho que a baixa oficialidade (e a tropa!), hoje, de fato acreditam em hierarquia e disciplina:- TANTO QUANTO, por sinal, os “Jovens Egípcios” (de 1954) “também” (?...) acreditavam no decadente regime de Farouk, bem como em todos os Generais Egípcios de então, que davam apoio político e institucional ao dito rei corrupto. Alguma semelhança fortuita com Lula?!.

E foi assim (e exatamente porisso!) que Gamal Abd – El Nasser (que, sob Fa-rouk, Rei, era um mero Tenente-Coronelzinho da Infantaria Egípcia – que jamais chegaria a Gene-ral, pelo menos não sob Farouk - ), pôde despontar para, com dignidade, liderar o Egito, construir a Represa de Assuan, impor-se ao respeito de Israel (bem como ao de todo o próprio Mundo Árabe), e consolidar o controle, egípcio, sobre o Canal de Suez. Isso tudo, bem entendido, após colocar Farouk no lugar dele:- exilado na Itália, então o País mais “fuleiro” da Europa do Pós-Guerra (1954). E, en-quanto isso, no mesmo ano, Vargas “era suicidado” no Brasil... .
Antes que eu me esqueça:- Suez em mãos anglo-francesas (1954) me lembra a Amazônia (hoje) nas garras das Ongs Internacionais e Apátridas, que, sintomaticamente, sempre têm, por trás de si, um Banco Internacional, secundado por uma Mineradora Multinacional:- e tudo “para preservar a sempre frágil Ecologia, bem como para proteger os direitos imemoriais das populações indígenas”, natural-mente! (Pra quem acredita, é um prato bem cheio... daquilo!).

Ademais, não devemos nos esquecer de que foi, exatamente, o excesso de “hie-rarquia” e de “disciplina” que fez cair o Império Inca, e isto perante meros 85 mercenários espanhóis, comandados por Francisco Pizarro, por volta de 1532:- é que, uma vez aprisionado Atahualpa Capac, em Cajamarca, não apareceu um único outro chefe inca que fosse capaz de “passar por cima” de seu Imperador cativo, para assumir o poder, cercar e dar combate eficaz aos espanhóis, ademais já concen-trados (e virtualmente já cercados, por milhares de índios inertes, ainda que armados!) no dito po-voamento indígena andino.

Não havia “clima” para uma ação eficaz, na França de Louis XVI:- porém só até o dia 13/julho/1789; tampouco havia “clima” na Rússia Tsarista, terra em que os “mujiks” idolatra-vam o Tsar e sua corrupta aristocracia “neo-boiarda”:- mas isso só durou até o “Outubro Vermelho” (de 1917). Aprés ça c’est le déluge... . Como se vê, é sempre uma questão só de tempo, jamais de “clima”... .
Ou, por outra:- o problema não é o “clima” (que muda, que é instável por natureza), mas o tempo de sua maturação, e o aparecimento de lideranças, capazes e dotadas da credibilidade suficiente, para fazer com que as coisas aconteçam:-
Ça, ça irá!, Çá irá! Çá irá!
Les Aristocrates dans leurs dentelles;
Ça, ça irá, ça irá, ça irá!:-
Les Aristocrates, on les pendrá!!!... (lembra-se desse estribilho, pré-Marseillaise?!!).

Veja os sinais dos tempos:- nunca antes tantos cidadãos brasileiros emigraram (USA e Comunidade Européia); nunca antes tantas cidades experimentaram um esvaziamento popula-cional tão visível (“Governador Valha – Dólares”, e outras). Há brasileiros percorrendo o mesmo ca-minho dos “Chicanos” (que cruzam o Rio Grande, no sentido sul - norte), e dos turcos e norte-africanos, que procuram ir sobreviver na “Europa-da-fartura”. Isso nunca aconteceu antes!

Até aqui falei só dos “pobres coitados”, daquela gente “sem eira nem beira”. Agora vem coisa pior. Outro dia entra um colega (Sub-PGR) em meu Gabinete para, todo orgulhoso, mostrar-me seu recém-adquirido passaporte... Belga!!!., e ainda pensando que, com isso, iria me fazer (logo a mim!) morrer de inveja dele!!!. Pensei, horrorizado, com meus botões (bem como com meus zíperes e velcros):- Desgraçado e Sem Futuro é o País cuja elite (funcional e cultural) tem como meta e motivo de orgulho a aquisição de OUTRA nacionalidade. Também me lembrei que longe já vai o tempo (até 4/outubro/88) em que era punida (com a perda da nacionalidade brasileira) a simples ob-tenção (sem licença prévia do Presidente desta República, e por qualquer cidadão brasileiro), de (simples!) cargo, emprego ou pensão, junto a Governo Estrangeiro. Que dirá a obtenção voluntária de um Passaporte, documento esse que denota, patentemente, a clara opção pessoal por uma cidadania alienígena. Que Vergonha!; Que Desgraça!; Que falta profunda de auto-estima:- e logo no seio da pró-pria elite funcional DESTE País!!!... . Nunca antes o Brasil precisou tanto de um Osório, um Caxias, um Pedro II, um Vargas, um JK, um Ernesto Geisel, ou seja:- de alguém apto a lhe restaurar o amor próprio!. É que isto (v.g. restaurar o amor próprio perdido, de toda uma Nação) é algo que, evidente-mente, só se faz pelo exemplo pessoal; e os exemplos hoje disponíveis só nos enchem de asco, vergo-nha e desespero... .

Há “clima”, sim!:- e é melhor seguirmos logo a sabedoria de Vargas (“Revolu-ção, façamo-la nós mesmos, antes que o Povo a faça!!!”...); e façamo-la enquanto ainda existir um País que garanta nossos direitos, reconheça-nos legalmente como cidadãos exclusivamente seus, pa-gue nossos salários e aposentadorias, e assegure nossas propriedades (adquiridas com suor, e dentro da lei). É que depois que estivermos em processo (franco e irreversível) de desagregação social, aí nem mesmo fazer Revoluções adiantará mais!!!... . Façamos, pois, a Revolução enquanto ainda adian-ta faze-la. Deixá-la “pra depois”, hoje, será exatamente como deixá-la pra jamais!!!.

A urgência é “pra ontem”, pois hoje/amanhã pode já não adiantar mais...

Allez, donc:- Dépechez – vous!!!
Allons, enfants de la Patrie,... .

É preciso brandir a espada enquanto ela ainda está na mão; depois só nos caberá lamentar a chance não aproveitada, a oportunidade que não aparece novamente, e o leite derramado... . De resto, e maxime no que tange aos aspectos capitais da auto-estima, e da autoconfiança, eu vejo o Brasil, de hoje, naquela mesma e exata posição em que se encontrava a Escócia pré-William Wallace (Séc. XIII). A reação tem, pois, é que partir de quem ainda tem condições de reagir (a saber, de nós mesmos!); e não (jamais!) do pobre coitado, que varre o chão, ou serve cafezinho:- pois esses são os “sacos vazios” (v.g.:- que não se põem de pé!).
Agora, é fazer! “Depois”, é só pra quem lamentará, baterá no peito, e rangerá os dentes... (à toa, feito um babaca, inerte e arrependido). Concordo com Vandré:- “quem sabe faz a hora, não espera acon-tecer”. Chega de Assembléia de Ratos!!!.

Do amigo,
Fernando.
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