Há quase três anos - observem - na secção de 'Cartas' - ainda não havia completado um ano na Usina - publiquei o texto seguinte:
Auto-Coice ao Lapso ! -- 25/10/2002 - 10:04 (António Torre da Guia)
Pois... Publiquei o texto a seguir inserto por má interpretação sobre a intenção do seu autor César Alencastro.
Por enquanto... Só a trote
A esta erudita sextilha replico:
O Jorge Ribeiro Sales
Antonio Torre da Guia
O Dom Kless de Castro
Saberão desistir um dia
Para o bem geral do País
E felicidade da poesia.
César Alencastro
Alencastro, desistir?!
Se bem o conselho entendo
Por César nunca ofendo
Quem a Deus teima seguir
Mas não posso consentir
Que me vexes e ofendas
Com as tuas lengas-lengas,
Prosápias que francamente
Se são palavras de gente
Deves zurrar como arengas.
Com um coice!
Rectificando:
Alencastro, desistir?!
Se bem o conselho entendo
De propósito não ofendo
Quem tão bem sabe mentir
E escrevo a consentir
Que se divirta à vontade
Pois o Cordel bem sabe
Que em mal azado momento
Fui eu que de pensamento
Zurrei... Me valha a verdade!
Coice no burro.
Um abração para o César
Um beijinho grato para a Milene
Torre da Guia
DR-SPA-1.4153
Hoje, por mera curiosidade, cliquei sobre um e-mail que me foi dirigido. Uma maravilha. Constatem:
Remetente : xulundas - xasda
e-mail : xulundas
Ele(a) estava lendo : Cartas - Auto-Coice ao Lapso !
Mensagem :
cumprir-me-ia esclarecer primamente qe a mesóclise anteriormente mencionada em nada corresponde à evocaçao dos fato posteriormente acentados. Nao obstante a concomitancia liturgica das bragunstanica da gugurunchias bilobelobelencias
Ora, isto é deveras excelência, vertida de um raciocínio lúcido, promotor da mais aprofundada cultura, resultado sumo da esplêndida origem ventral donde brotou. E é fácil, muito fácil mesmo de interpretar: é anónima - virtude hodierna do espermatozóide condenado a apodrecer dentro da camisinha - e constitui um celeste edital para quem se dedique à investigação arqueológica sobre ossadas humanas. Uma delícia.
Aqui vos deixo, estimados L&L, mais uma vez a pérola sedentária que provocou, por milagre paradoxal, a excrecência:
O Jorge Ribeiro Sales
Antonio Torre da Guia
O Dom Kless de Castro
Saberão desistir um dia
Para o bem geral do País
E felicidade da poesia.
César Alencastro
Naturalmente, ou quiçá por ínvias mãos, desistiremos todos um dia, mas, pelo menos da minha parte, enquanto um sabujo qualquer souber rimar - irracionalmente - 'Torre da Guia' com 'Poesia', oh, que felicidade, não tenho o mínimo motivo para desitir de me opor à esconsa e tenaz inveja que persiste revelar-se através do meu querido idioma.