Não, a hidra - de Lerna e de qualquer lugar - a fabulosa serpente de sete cabeças - sete virgens, sete vidas, sete não-sei-quê - não foi morta por Hércules, nem por ninguém. A horrenda hidra somos nós, os humanos, desde sempre, desde que o raciocínio se implantou sob as fomes e as sedes insaciáveis dos arcanos, os 'misteriosos-em-nome-de', ditos protectores dos privilegiados que mamam há milénios nas sete tetas da hidra.
Os que bem sabem raciocinar com boa fé, e são muitos-muitos, não têm dúvida alguma sobre o exposto desiderado. Todavia, tantos e tantos deles, guardam a devida reserva e alheiam-se da hidra, ande ela por onde andar. Mais: sabem relacionar a hidra 7x7 vezes e reconhecem que a multiplicação não é bastante para obter um mais ou menos exacto quantitativo.
Hei-de perguntar a um cientista biológico, logo que tenha oportunidade, se uma arrozada de hidras, ainda que só pelo gosto, é plausível...
O clique não funciona
Quem disse que o mocho é lente universitário?...
António Torre da Guia |