A Usina é o padrão E há-de ser monumento... Eu sou mero suplemento Que escreve com devoção Consciente e de razão As tramas firme enfrento Tudo suporto e aguento Sem vacilar à traição Quem bem me conhece a acção Ideais e pensamento Sabe que por opção Da vida nada lamento Se pronuncio a momento Ou escrevo a expressão Sobre o que for... Não é não Por mim que algo intento Cultivei o sentimento De levar a sensação Ao cérebro e aí então Misturar gozo e tormento Sei sentir a mão do tempo Na mais lata dimensão E nunca duvido em vão Do real em movimento Sonho com alma o alento Transformo dor em benção Porque de prazer senão O tenho... Não descontento Insisto e faceio o vento Afago a confrontação Até que chegue a monção Que me leve ao cais argento E se por ouro acalento Oh minha irmã... Meu irmão O ouro do coração É tesouro que alimento.