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Artigos-->Previsões para 2002/3 -- 26/02/2002 - 19:32 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PREVISÕES PARA 2002/3





Estamos no início de 2002 e já podemos imaginar algumas mudanças para este e para o próximo ano. O desemprego ficará próximo de cem por cento e, em conseqüência, será restabelecido, via medida provisória, o regime de escravidão no Brasil. Desse modo, o Partido dos Trabalhadores não tem mais sentido e será extinto.

Exoneram-se, também, os servidores públicos e, por conseguinte, acaba o serviço público. Os aposentados perdem todos os seus direitos e são obrigados a devolver seus proventos ao Erário Público, com juros e correção monetária, incluindo a contribuição previdenciária, sob pena de serem condenados por enriquecimento ilícito.

Os economistas, que fazem parte da equipe econômica do governo, passam a ser considerados verdadeiros bruxos e são perseguidos pela igreja, acusados de magia negra. Alguns deles, antigos servidores do Banco Central e dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, são enforcados e queimados vivos, em praça pública, sob o delírio da população.

Os banqueiros, sem os bancos e sem ter o que fazer, como sempre, são agraciados e recebem títulos de nobreza e passam (ou continuam) a viver às custas do novo governo, quer dizer, da população que continuará a pagar seus impostos.

Para acabar com a violência e as enchentes nos estados, os governadores aproveitam as chuvas para transformar as cidades alagadas em imensas hidroelétricas.

Cresce a epidemia de Dengue, dos tipos um, dois, três, e até “n”, de febre amarela e de outras doenças infecto-contagiosas. Mas a população, mesmo doente e sem dinheiro, continua a acreditar na seleção brasileira.

Para diminuir o problema da seca do nordeste, o governo anexa, por decreto, os Estados do Piauí, Paraíba, Ceará e Pernambuco à Região Norte, onde a oferta de água é mais abundante.

Órgãos humanos são clonados em série, e vendidos em supermercados, farmácias, correios e até em casas lotéricas. Na semana do rim, por exemplo, será possível comprar órgãos pela metade do preço, com cheque pré-datado para sessenta dias, sem juros.

Morros e favelas, finalmente, passam a ser, oficialmente, território e reserva do narcotráfico e do contrabando de armas. O crime organizado passa a ter representação em quase todos os estados.

São recriados o Banco Nacional da Habitação e o Movimento Brasileiro para Alfabetização, o MOBRAL, para coordenar, supervisionar e planejar as ações futuras, com vistas ao atendimento de moradia e educação dos filhos de escravos que vierem a ser alforriados no futuro.

O petróleo acaba no mundo todo. E o Brasil passa a importar álcool dos Estados Unidos da América. O Pro-álcool americano.

O Congresso Nacional é extinto e, no seu lugar, cria-se o Instituto Nacional das Comissões Parlamentares de Inquérito, o INCPI. Os militares assumem o poder. Reinicia-se o movimento das “Diretas, ainda.”

Netos e filhos de políticos famosos, como Antônio Carlos Magalhães, Jader Barbalho, José e Roseana Sarney, Lula e o Bispo Macedo, Itamar, Enéas, Serra, Brizola e Garotinho, candidatam-se à presidência do novo governo. A eleição termina com a vitória de um jovem alagoano, bem falante e simpático. O resto do filme todos sabemos. A história se repete. Novos planos econômicos. Juros altos. Desemprego. Dívida externa. FMI. Reeleição. Horário de Verão. Horário eleitoral. E tudo fica sob controle. Diz nosso presidente toda vez que vai ao exterior. Menos a inflação. E o apagão. E a eleição. E, agora, a epidemia do mosquitão, que já virou o PC do B, Primeiro Comando da Dengue do Brasil. Domingos Oliveira Medeiros

26 de fevereiro de 2002 – para quem não ficou sabendo.

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