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Artigos-->MURALHAS PESSOAIS -- 10/04/2012 - 21:07 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Queridos leitores.



Decidi escrever alguma coisa sobre as muralhas, quando estava admirando alguns mapas e

pude perceber a grandiosa muralha da China, que todos dizem ser possível observar da lua,

mas que na realidade não é verdade.

Comecei a pensar em muralhas, em arrimos inimagináveis, em coisas intransponíveis, em desafios importantes, em ojetivos

inalcançaveis, em coisas difíceis e assim por diante, e cresci em devaneios.

Olhamos sempre um muro, ou muralha, como um obstáculo para que alcancemos o outro lado, onde quase sempre,

desconhecemos as planícies, vales, lagos, arquiterura. enfim, qualquer coisa que se passa por lá.

Há quem olhe esse obstáculo como tal, e desista nesse ponto de qualquer tentativa de atravessa-lo,

com o argumento comodista de que, se está alí, é ali que tem de estar. Bom, a esses eu daria o nome, talvez, de acomodados,

para, é claro, não chamar de medíocre, ou quem sabe, preguiçoso mesmo.

Até os animais, a quem chamamos, irracionais, tem seus próprios arrimos, seus próprios desafios.

Outro dia, observando uma ninhada de cachorrinhos, dentro de uma caixa de papelão, percebia o esforço deles em alcançar a borda

para ganhar liberdade.

Lembro bem de um filminho que recebi, a não sei quanto tempo, sobre um peixinho dentro de um aquário.

Sinceramente, não lembro o que falava, mas lembro muito bem da analise que foi feita na época, sobre uma visão

dos limites estabelecidos, sobre as prisões em que vivemos, e por que não dos limites impostos através

dessas muralhas pessoais.

Somos em grande parte da vida, prisioneiros de paradigmas, prisioneiros das leis impostas pela sociedade, pelas leis

dos homens e até mesmo pela lei de Deus, conduzidas pela religião.

Isso tudo deixa claro, o fato de que somos cativos dos outros e de nós mesmos, que dentro desse emaranhado de

regras, estamos sempre nos aprisionando em nossas muralhas pessoais.

Lembro uma vez, quando fiz meus quinze anos, quando repentinamente, surgiu a oportunidade de partir com um tio

para os Estados Unidos para estudar, e é claro, morar com eles por um tempo imprevisto.

Naquele tempo, minha muralha era familiar. Minha mãe não deixou margem para se ponderar sobre o assunto.

Ali eu estava, e ali deveria permanecer, sem a menor possibilidade de fuga. Era menor, sem sustento próprio e diria até

sem vontade própria. Ficou só o sonho, leve, fugaz, uma vontadezinha, apenas.

Em outra oportunidade lembro de ter vivido meu primeiro amor, e é claro que do primeiro amor a gente nunca esquece

e eu não seria a primeira.

Amei e amei mesmo, e o melhor, fui amada como jamais serei, disso eu estou certa. E mesmo dentro desse sentimento tão contundente,

tive minhas muralhas, meus preconceitos, e não tive dúvidas em abrir mão desse amor. Não fui capaz de derruba-la,

foi mais forte que eu, então parti.

Sei bem que todos os dias temos nossas muralhas pessoais, nossos paradigmas, e diante de toda a realidade que vivemos,

nos é permitido quebra-lo, ou não.

Bem, nesse momento de minha vida, tenho à frente, um grande desafio, uma grande muralha pessoal, e estou tão dividida e

confusa quanto poderia alguém que tem uma grande escolha a fazer.

A grande sorte é que para tal, só preciso da razão para conduzir e definir a grande escolha. Possivelmente o que irá definir

minha vida até o fim, ou o que sobra de vida, pela idade que tenho.

É isso que pretendo compartilhar com meus leitores. Nesse momento em que estou no centro do furação e tudo à volta se move

de forma desesperadora, estou aqui, esperando o momento de entrar na ventania, disposta a desarrumar os cabelos, disposta a mover-me

sem medo, desafiando a tudo e a todos, apenas pela intenção de buscar o melhor.

Sempre, e a todos os instantes temos à frente desafios, escolhas,muralhas, com seus prós e contras, cheios de razão e emoção,

que as vezes caminham juntos e as vezes separados.

O que importa realmente, é que tenhamos esses desafios, essas muralhas a serem enfrentadas destemidamente. Isso é a vida!

Caso não os consiga dintiguir, ao invés de ver, enxergue melhor, ele sempre estará em algum ponto esperando por você.
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