Impulso
Agora escutava na fala
Para que soasse melhor e sem pressa
A palavra que o passado rezava
Em ecos de onde o silêncio residia
Uma caixa vazia, um vale sombrio
Para desvirginar o meu ouvido
Da monotonia daquela madrugada
E afagar, na calada da esperança
Um certo estado de prenhez da alegria
Que na carta à tinta de lágrimas
Se ria a língua dos apaixonados