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Poesias-->31. O FIO DA NAVALHA -- 06/02/2003 - 07:06 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estranhos sentimentos cá se cruzam,

Que as dúvidas se erguem soberanas.

Por que tanto amargor, se não te enganas

Co’as leis que só se aplicam quando abusam?



Se as cordas estão livres das roldanas,

Quais conclusões desejas que se induzam?

Os homens não entendem e recusam

As luzes que não dão razões humanas.



Eu venho, lentamente, te dizer

Que não vai adiantar todo o poder

De se espojar na vida da matéria,



Se não se controlar o sentimento,

Ao se pensar: — “Eu faço e arrebento,

Quando chegar a vez da vida etérea.”









O homem vive em guerra contra si,

Pois sabe falacioso o sentimento.;

Em crise, por saber que eu não aumento

As dores destes tempos por aqui.



Quisera que acabasse o teu tormento,

Na mágica do “faço que não vi”,

Mas, pela experiência que vivi,

Eu quero que tu digas: — “Eu agüento!”



Assim, é bom pensar em caridade,

Em dar amor a quem se persuade

A progredir na vida com denodo.;



E socorrer o pobre em desatino,

Dizendo, com Jesus: — “A este ensino

Que a vida com a morte é um só todo.”









Voltamos, novamente, neste dia,

Para trazer a dura melodia

De quem conhece mais que o ser humano.

A morte, por mais triste que pareça,

Ao ser lembrada, faz que não se esqueça

O homem de que age por engano.



A sutileza desta nossa rima

Está em demonstrar que existe clima

Para pensar em Deus, aqui na Terra.

E tem tal força o nobre pensamento

Que poderá pôr fim ao teu tormento,

Ao compreender com quem estás em guerra.



É valioso conhecer o prisma

Desta poesia, que contém carisma

E nos abala tão profundamente.

É que o mortal se julga mais sadio,

Quando não leva a Deus o desafio

De suspeitar que o verso sempre mente.



Eu atribuo à dor o tal fascínio

De se esconder o coração no escrínio

Do sentimento dúbio do porvir.

Caso eu tivesse mais vigor na rima,

Demonstraria aqui a minha estima,

Para fazer quem está sério rir.



O sofrimento amola e desconsola,

Mas que fazer se tal é nossa escola,

Dentro da lei de causa e conseqüência?!

Um dia, adentrarei em outra esfera

E, mesmo assim, eu vou dizer: — “Quisera...”

Pois o que pesa pesa na consciência.



P’ra te livrares desse sofrimento,

Deves dizer: — “O bem é que eu aumento,

Nesta contagem séria que se faz.”

Quem se aproveita apenas disto tudo,

Chegando aqui, está mais carrancudo,

Querendo todo o amor e toda a paz.



A tribo dos horrores já te envolve

E só falar em Deus não mais resolve:

Hipocrisia é coisa mui comum.

Alguém vai perguntar-te, sorrateiro:

— “Você nos pode dar um bem inteiro?” —

Sabendo que não portas bem nenhum.



Vamos rezar que nada disto valha,

Dando bom uso ao fio desta navalha,

Para cortar mui rente o nosso vício.

Vamos orar ao Pai que está no Céu,

Que nos afaste sempre do escarcéu,

Que esta poesia traga benefício.



Ao conhecer a lira que tangemos,

Vais preferir o peso dos teus remos,

Que esta tarefa é dura p’ra cachorro.

Se conseguimos um rimar perfeito,

Deixamos a carcaça lá no eito,

Gritando, esbaforida, por socorro.



Reza por mim, ó caro companheiro!

É neste verso triste que requeiro

A tua estima como compromisso.

Suplica ao Criador que me abençoe

E que este verso tosco me perdoe:

Hás de prestar-me teu melhor serviço.



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