Pela janela de luz Via a dançar o pensamento Que rebolava no vale verdejante Lá onde murmúrios de água se ouviam E os pássaros mais belos tinham por morada O céu era de ouro embandeirado, amarelas Bandeiras no seu teto nobre ondulavam flamejantes Evolando-se alado olor, quando a brisa Em horas cálidas, suavemente perpassava do calor Por sobre as pálidas muralhas do castelo Quando pela janela, agora Já dançava esse pensar em brasa Que avistava saltitando de estranha forma Agitada por uma música ululante E, qual rio que dá na cachoeira, precipita-se Apavorante, e não sorri, mas gargalha Em gargalhada infinita Dali daquelas pálidas muralhas Filho da memória entre confundidos elementos Coisa mais linda, mais absurda e louca A intimidade do pensamento, nos esquecidos tempos Ao mundo escondendo os resplendores Cintilantes, de pérolas e rubis Mas que fluíam, de instante a instante Multidão de ecos sutis em vozes de imortal beleza Cujo dever singular era somente o cantar A sutilidade imensa e de real grandeza Fortaleza onde se faz notar O sentido da ínclita nobreza