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Artigos-->LER: As Descobertas Na Leitura -- 21/03/2012 - 02:37 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


—Yes, We Can! Menina/E vc está fazendo sua Arte/Certeza! Dentro de cada/Fronteira cada cultura queima/Desumana nenhuma alma/Dorme conforme a música/Sob o fogo dessa idade quem,/Pessoa, poderia estar inteira?/Mas todas, as que estão/Suportando, caladas ou não/Todas essa opressão, desde/O Ofiúco e o surgir da 13ª/Constelação, sabem como/Usar o fogo e como ele surgiu/Fazendo sua parte desde a/Primeira Arte no primeiro/Vagido da (in)civilização.



A leitura do texto é orientada no recado que o poeta transmite à Menina, com “M” maiúsculo. Ou seja, sugere uma pessoa do sexo feminino crescida, talvez até uma adolescente (filha, conhecida, pessoa próxima com quem mantém relações de amizade).



Mais do que o contexto linguístico, a leitura do texto demanda outros conhecimentos comuns à memória de ambos: autor/destinatária. A expressão “Yes, We Can” remete ao slogan da campanha do presidente Obama, em que ele convocava os eleitores dos Estados Unidos à participação num processo de mudança de paradigmas na política interna norte-americana.



Mais do que o contexto linguístico, a leitura do texto demanda a reativação de outros conhecimentos ("feedback") ressarcidos pela experiência armazenada na memória.



O poeta sugere que a leitora está vivendo sua vida, ao usar a metáfora “E vc está fazendo sua arte”.



A Arte enquanto sinônimo de vida fronteiriça com a cultura em franco processo de desumanização. O poeta sugere que, apesar dessa desumanização crescente das relações humanas, nenhuma alma, e não apenas a dela, “Menina”, a quem a poesia sugestivamente se destina, não se conforma na aceitação passiva dessa desumanização da cultura:



“Desumana nenhuma alma/Dorme conforme a música/Sob o fogo dessa idade quem,/Pessoa, poderia estar inteira?”. Na poesia o autor sugere que a pessoa com quem fala lhe fez confidências, como por exemplo, não estava a se sentir confortável e íntegra.



Ele busca confortá-la afirmando que, num ambiente pessoal e social em que ardem as chamas dos conflitos, ninguém, não apenas ela, sente dificuldades em estar inteira e cômoda.



Ele, autor, sugere que essas dificuldades, ao invés de servirem para estressá-la, precisam saber ser utilizadas por ela possibilitando situar a protagonista da poesia num contexto pessoal de superação que não alimente apenas uma interioridade que compatilhe emoções, sentimentos, valores e pensamentos no espaço relacional (cultural) alimentado pelo medo e a negação.



E a poesia continua a sugerir em seu diálogo um certo otimismo e uma certa alusão à manutenção, pela “Menina”, de uma atitude coerente com seu uso da razão, lembrando-lhe que desde os tempos mais imemoriais (O Ofiúco e o surgir da 13ª Constelação) as pessoas têm de saber suportar todos os tipos de ameaças e pressões.



Pressões e ameaças, as naturais e as artificiais, por vezes provocadas pelas ingerências dos eventos catastróficos mencionados, que fazem parte do conhecimento dialogal de ambos: “autor/Menina”.



Certamente um e outro sabem que existem muitas profecias (Nostradamus, Isaías, povos indígenas australianos e norte-americanos —índios Hopi— os códices Maias, entre outras), que previram para 21/12/12 a passagem do sol na fenda central da Via Láctea, evento confirmado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e astrônomos ao redor do mundo, que acontece de 13 mil em 13 mil anos, com consequências catastróficas para o planeta Terra. Dentre estas, tempestades solares de uma intensidade inusitada.



Essas ejeções solares de plasma (dez bilhões de toneladas), que viajam a cerca de mil quilômetros por segundo, serão lançadas para o espaço interplanetário naquela data prevista por essas “profecias”.



Lançadas numa intensidade muito maior do que a sugerida pelos ciclos solares de 11 em 11 anos. Ao atingirem o campo magnético da Terra, nomalmente essas ejecções produzem alterações tipo auroras boreais, danos em satélites artificiais, nas redes elétricas de muitos países.



O satélite “Nasa Trace”, lançado em 1998, confirmou a “música das esferas” (musica universalis). Ou seja: os corpos celestes emitem sons harmônicos. Pitágoras dizia que a música não era apenas uma arte mas também uma ciência. Este satélite forneceu também imagens de alta resolução das estruturas típicas da coroa solar (loops coronais).



Loops coronais: arcos de fogo muito brilhantes que descrevem a configuração magnética das regiões onde costumam se formar. A nova configuração magnética analisada a partir das fotos do satélite, indicam a ocorrência de um fenômeno inusitado:



Demasiadas oscilações transversais de loops coronais. Há um aquecimento coronal que permite previsões tais que coincidem com a data de 21/12/12, quando o sol estará posicionado na fenda do Ofiúco. Na dita 13ª Constelação.



Nessa perspectiva, a leitura da poesia é assumida como atividade de interação dialógica complexa de produção de sentidos. Interação que  se realiza na troca de elementos linguísticos presentes na superfície textual, em sua forma de mobilização de um conjunto de saberes provenientes dos significados inerentes ao evento comunicativo.



A “Menina”, elemento terminal desse sistema de comunicação (a poesia), terá mostrado apreensão sobre esse acontecimento e o poeta, na intenção de confortá-la, afirma que desde o começo dos tempos, da primeira vida, da “primeira Arte no primeiro vagido da (in)civilização”, os seres humanos se deparam com uma natureza, por vezes hostil, mas têm sobrevivido a esses eventos através dos séculos e milênios.


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