Vendo os braços levantarem
Do vento arrancando aplausos
A cada passo dado sobre a fronte
Depravando o olhar imóvel e teso
Entre pilastras que encerram a mata grave
Prendendo a gruta do tesouro em grades
No escuro radiante das dobras de um manto
Que aos poucos se desvenda, no andar
Encanto abrindo-se em sonho arrebatado
Queimando em todo o lugar que o pressinta
Sugando, mar sem fundo em convulsão que arde
Clamando o eco do furor que enceta
A extravagante, curiosa e bela
Fruta saborosa no cio
Escoando
Um espetáculo à parte
O mais belo quadro jamais visto
Que de um bosque assim pintado
Onde uma única fonte
Dava a tudo vida
Em oferenda
E alívio