É realmente complicado o que existe dentro do homem. Na sua cabeça. Na alma. No coração. Sentimentos. Raciocínio. Reações. Porque nem essas ele revela com a facilidade esperada.
Na maioria das vezes, primeiro se advinha o que com ele se passa. Através do comportamento. Gestos. Modo de olhar. De reagir. Em situações comuns. Ou incomuns. O corpo fala. É título de obra. Muito bem feita, por sinal. Que muito nos diz e ensina.
Depois, se a pessoa se deixa aproximar, a gente tenta romper barreiras. Brinca. Manifesta bom humor. Tenta abrir a porta. A própria. E tenta bater na dela. Sentir a ressonância. Oca? Ou sólida? Depende da reação às primeiras atitudes. Brincadeira bem aceita com resposta bem humorada. Acolhimento quase certo. Batida de ressonância sólida. O tapete se desdobra ao caminhar.
Perguntas. Respostas. Curtas. Mais longas. Reticências. Gostos. Desgostos. Formação. Não se perguntam qualidades. Procura-se senti-las. Através do testemunho. Que se pode sentir verdadeiro, ou não, através do diálogo que se estabelece. Defeitos se escondem. Sinceridade? Por mais que você a tenha, sempre duvida da contrapartida. Porque fatos começam a acontecer. Ou deixam de acontecer. E dificilmente não serão objeto de análise. Boa. Ou não. Depende do seu estado de espírito quando deles toma conhecimento. Explicações. Existem? Pode ser.
E a vida, que parecia ter acolhido novo e promissor abrir-se, continua. Na monotonia cansativa de sempre. Decepção? Não. Realidade. Só. Mais nada.
E tem-se que abraçar a realidade, pena de não se ser feliz. Triste de quem não se adapta. É sofrimento, na certa. Porque o aceitar é fundamental.
É como aquela história do perdão. Todo mundo só pensa que a virtude está no perdoar. Mas o verbo tem que ser vivido também na forma reflexiva. E na passiva. Perdoar-se. E ser perdoado. Senão o relacionamento é falho. E sempre se fica devendo algo a alguém.
O aceitar conjuga-se e vive-se de igual maneira. Na voz ativa, na reflexiva e na passiva. Aceitar. Aceitar-se. E ser aceito. Se as conjugações interagem, com certeza haverá felicidade.
Importante é viver o presente. Porque o passado já se foi. O futuro ainda não é meu