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Ensaios-->ESCUTA, ZÉ NINGUÉM – PARTE IV -- 06/04/2005 - 00:21 (Rodrigo Mendes Delgado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESCUTA, ZÉ NINGUÉM – PARTE IV

“E uma vez finda a segunda guerra mundial encontras-te exactamente (sic) no mesmo ponto onde estavas quando ela começou; talvez uns milímetros mais à “esquerda” que à “direita”, mas para a frente nada! Malbarataste as aquisições da luta francesa pela emancipação, e até a extraordinária emancipação russa conseguiste transformar em aborto aos olhos do mundo. O teu falhanço, que o foi, e que só espíritos verdadeiramente grandes e isolados podem entender sem cólera, sem desprezo, foi causa do desespero em todo o mundo de todos aqueles dispostos a sacrificar-te tudo”. (REICH, Wilhelm. Escuta, Zé Ninguém. 3. ed. Santos: Livraria Martins Fontes, 1974, p. 88-89)

Quantas inúmeras pessoas, mesmo depois de séculos de evolução, de pesquisas e avanços científicos, de elucubrações intelectuais, de perdas e ganhos ainda não continuam no mesmo patamar hipócrita e mesquinho de sempre. No dizer de Reich, mesmo depois da segunda guerra mundial, não faltaram aqueles que permaneceram exatamente no mesmo ponto em que estavam antes dela começar. Parece que o mundo não vem aprendendo nada com o que já ocorreu e ainda está ocorrendo a todo o momento. As pessoas tornaram-se frias, insensíveis. Quanto sofrimento mais ainda será necessário até que o homem aprenda a viver dignamente e aprenda a permitir que seus semelhantes vivam de forma digna. Fiquemos com o exemplo das guerras religiosas, verdadeiro absurdo e patente retrocesso humano. Há séculos que estas guerras insanas vêm ceifando a vida de milhares de inocentes todos os dias. E o homem ainda não aprendeu nada. Há somente uma e verdadeira religião capaz de unir todos os povos, de todas as nações, a religião da tolerância, da aceitação.

Muitos os que pretendem monopolizar a sabedoria sobre tudo o que Deus quer de cada um, mas, ao agirem por insanidade e intolerância, acabam por fazer e pregar tudo aquilo que Ele não quer. Se as pessoas realmente quiserem saber o que Ele quer, deveriam silenciar seus corações, mergulharem dentro de si mesmas e ouvir o que sua alma tem a dizer.

Não é aceitável tanta ignorância num mundo tecnologicamente tão avançado. As bibliotecas estão repletas de livros, mas, vazias de pessoas. O fluxo de informação nunca dantes foi tão vertiginoso, tão atual, tão avassalador, mas nunca as pessoas se viram tão perdidas em meio à uma realidade que não entendem, que não compreendem. Muitas vezes as pessoas não evoluem porque não querem. Há pessoas que não querem abrir os olhos para a realidade que as cerca, para os acontecimentos que se fazem presentes ao seu redor.

O sistema de exploração do homem pelo homem continua de pé, e a cada dia que passa mais pessoas escravizam-se diante do mundo. Deixaram de pensar, de reagir. Isso! Reagir. Quando as pessoas irão reagir novamente a tudo quanto está acontecendo. Onde estão os filhos da revolução francesa? Onde estão aqueles que lutaram pela liberdade? Dando sua vida quando preciso foi. Ah, que falta faz um Rousseau, um Voltaire, um Nietzsche, um Weber, um Marx, um D´Alambert, um Hobbes. Onde estão vocês meus irmãos? Onde estão os que pensam? Poucos os que ainda pensam. E os que ainda tem esta ousadia são sufocados pelo sistema.

Rogo aos homens que não demorem demais para acordar do sono letárgico que os esta paralisando diante da realidade, diante do mundo.


Rodrigo Mendes Delgado
Advogado e escritor
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