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Ensaios-->PONTO DE FUGA -- 26/03/2005 - 08:27 (MIGUEL EDUARDO GONÇALVES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Composição elaborada a partir do tema “Fuga”, apresentado aos usineiros por Elvira Camarinha, para desenvolvimento juntamente, e em consonância com o texto do “filósofo” denominado Pedro Pereira de Lisboa.


PONTO DE FUGA


Extrai-se do texto em questão, “não lamentar nada é estar em paz quer conosco mesmos quer com o mundo e talvez isso aconteça diante do ponto de fuga que é a morte”.
Creio que o enfoque somente deste trecho já contemplará a formação de juízo sobre o restante do texto proposto.
Procurando o fio da meada, fui apoiar-me no conhecido dito “o universo conspira a nosso favor”, para ajudar no confrontar, ao dizer que conspira a nosso favor quando temos plena convicção de que estamos enxergando o que queremos ver. Essa é talvez uma certeza formadora da paz interior e da paz que se vê quando em contato com o mundo. É o completo estado de paz; só quem se acha absolutamente perfeito o tem, nada tendo o que lamentar da vida, em conseqüência, por achar-se esta totalmente explicada, e aceita como foi justificada para si próprio. Assim também faz acerca do seu exterior, no que se refere a contato com o mundo age igualmente. Todas as explicações achadas necessárias, porque aprazem, são dadas para si próprio. E o mundo que passa a ser visto por esse prisma particular, corresponde, mostrando-lhe o que é desejado ser visto, o resto não! E, assim como resta e escuridão quando foge o luar do céu, também quando foge a luz dos olhos uma sombra intransponível se apresenta. É o que não se quer ver, e está escondido no lado da razão a que se tem acesso, embora habite o lado negro, obscuro, desconhecido. E se acaso no incerto do amanhã algum testemunho de que se é for encontrado, adia-se a incerteza, e o desconhecimento do “nada” que se encontra escondido, comanda a ação, porque está justamente abrigado numa parte dela, razão, a que se tem acesso e domínio. Reside aí a rota de fuga, nesse exato ponto, é dessa sombra que acoberta o desconhecido que se foge, é incógnita do presente refletida no futuro que não se quer descobrir. Eis aí a fuga do medo. Fuga da maior certeza da natureza que é a morte, certeza que se esvazia na medida em que se rotula de perfeito, por acha-se de fato um deus. Isso ajuda na compreensão de si mesmo e do mundo, porque a morte, dela não há possibilidade alguma de compreensão, donde a dificuldade também da aceitação! A morte é a condenação da vida:

Condenação é o vácuo da memória,
O tácito momento presente,
Distante,
A expressa vida ausente,
Movimento de tempo vão
Que anula o viver,
Mutilante,
Cancela o passado,
Inibe o futuro,
E mata insensivelmente!

Miguel Eduardo Gonçalves
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