Hoje da janela vejo o tempo passar num imenso deserto. E me recordo do passado.
Não sei se o maldigo ou se tenho saudades.
Tu homem!...
Vieste do nada, sorateiro te oportunizaste de minha necessidade.
Doravante, entre mil juras deitastes o meu corpo no leito da madrugada e bebendo em meu seio o cio e a água, me fizestes crêr que todo aquele sonho era realidade.
Tomaste pra sí os meus segredos, a minha virgindade e enclausuraste-me, num mundo de pecado e leviandade.
Futil homem!
como podes erguer o meu amor sob ambiguidades...
Tua boca tão verdade!
O teu beijo uma viagem,
A tua voz tão venenosa, que não consegui negar e sucumbi a toda essa tua falsidade.