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Artigos-->RÉVEILLON -- 26/02/2012 - 18:47 (Roberto Stavale) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
RÉVEILLON





A maioria das pessoas que habitam ou habitaram o Planeta Terra, afora alguns pesquisadores, estudiosos, e esotéricos, conhecem as verdadeiras origens e raízes das comemorações da passagem do ano, o tradicional réveillon.

Devemos lembrar que as festas religiosas criadas pela Santa Madre Igreja, a partir dos séculos IV e V dC, foram plagiadas das antigas festas pagãs comemoradas há cerca de dois mil anos, antes da era cristã, principalmente pelos babilônios.

A antiga Babilônia comemorava o recomeço do ciclo anual, que coincidia com o início da primavera e plantações de novas safras, no hemisfério norte, calculado em seu calendário lunar de doze meses.

O calendário babilônico é um dos mais antigos do nosso mundo.

Esse ritual do ano novo, somado por festas duravam vários dias, e equivalia aos nossos finais do mês de março.

As civilizações que vieram a seguir, como a egípcia, judaica, grega e, principalmente, o império romano, mesmo com as mudanças nos calendários dedicavam-se praticamente aos mesmos rituais.

Porém, desde meados do século IV dC, a Igreja Católica Apostólica Romana substituiu todos os festejos oferecidos aos deuses romanos, gregos e afins, e se tornou a maior religião idólatra na face da Terra. Adorava o Cristo crucificado; o menino Jesus; seu pai, São José; sua mãe, a Virgem Maria, além de anjos, arcanjos, santos e santas, compondo assim a comunhão católica que perdura até hoje.

Com isso, as festas natalinas, as quaresmas com suas semanas santas e outras datas litúrgicas são de origens pagãs convertidas no eixo da Santa Madre Igreja.

E, as tradicionais festas de passagem dos anos, as quais são comemoradas por todos os cantos da Terra, em uma união de etnias e religiões, desde a Idade Média Baixa, são celebradas a meia noite de cada nação, segundo seu fuso horário, na passagem do dia 31 de dezembro para 1º de Janeiro, seguindo o calendário solar, Gregoriano, criado pelo papa Gregório VIII em 1582.

Entre as memórias dos antigos e modernos nesta data realmente festiva, podemos citar algumas como os babilônicos, que além de se enfeitarem com flores da nova primavera, cumpriam suas promessas como devolver objetos e arados emprestados no ano anterior.

Os gregos desfilavam nas ruas levando um bebê como tradição simbólica do ano novo, em homenagem a Dionísius, o rei do vinho. O ritual representava a fertilidade pelo renascimento anual desse deus.

Em diversos países a tradição é usar uma peça do vestuário de cores diferentes. Na Itália é comum usar uma peça íntima vermelha. Já em Portugal usa-se o azul. Aqui no Brasil o costume é usar qualquer peça de roupa branca.

Outro costume áfrico brasileiro, trazido pela escravidão, é os filhos de santos da Umbanda e Candomblé homenagearem a orixá Iemanjá, rainha do mar, na figura de Nossa Senhora, na noite do dia 31 de Dezembro, indo as praias deste Brasil afora, levando ao mar, depois de pular sete ondas, pequenas barcarolas com as imagens azuis da orixá, repleta de flores, perfumes, águas de cheiro, fitas coloridas e bilhetes de pedidos, para que o ano novo comece com muita paz, saúde, amor e prosperidade.

Em 1885, na França criou-se a palavra, hoje popularizada "Réveillon".

Mas como não há réveillons sem os brindes de champanhe (ou vinhos espumantes), vamos tentar descrever a origem do verdadeiro champanhe.

Sua descoberta deu-se nas vinhas de Champagne, cidade francesa distante 150 quilômetros de Paris. A descoberta é atribuída ao monge Don Pérignon (1668-1715), cujo nome até hoje é marca desse produto.

O religioso era o responsável pelas adegas da Abadia de Hautvilleres, naquela região e ficou curioso com as histórias dos vinicultores de que certos tipos de vinhos fermentavam novamente depois de engarrafados. Acontece que, nesse processo, os gases estouravam as rolhas ou arrebentavam as garrafas. Dom Pérignon então experimentou garrafas mais fortes e rolhas amarradas com arame, conseguindo obter a segunda fermentação dentro do recipiente para assegurar a produção do novo vinho.

Porém, havia um problema com o novo produto. Os resíduos da segunda fermentação permaneciam na garrafa, deixando a bebida com aparência feita. O liquido era turvo e não límpido como hoje.

Foi então que a célebre viúva Clicquot (Viuve Clicquot), herdeira de vinhas e engarrafadoras de vinhos, até os nossos dias uma das mais famosas marcas de champanhe, inventou os processos de remuage (girar as garrafas) e dégorgement (degolar). No primeiro processo os funcionários da adega inclinam e giram as garrafas, fazendo que os resíduos se descolem e fiquem acumulados nos gargalos. Em seguida entra a degola, que retira todas as impurezas, deixando o vinho límpido e transparente.

Até 1846 o novo vinho era de paladar doce. Não existia o seco (brut), nem o meio seco (demi-sec).

Foi uma empresa de bebidas inglesa a primeira encomendar o vinho espumante sem açúcar. Nessa época só os ingleses consumiam os bruts.

Hoje o mundo, inclusive os franceses aderiram ao champanhe seco, mais do que o doce.

Quando eu era pequeno, nasci em 1941, nas ruas do velho Bixiga, na passagem do ano, crianças e adultos muniam-se de pedaços de madeiras e ficavam batendo nos postes da Light, os quais eram de ferro fundido.

Depois vinha a tradicional ceia da meia noite.

Não faltava o tradicional peru, sopa de lentilha, bacalhau e cada um deveria comer sete grãos de romã e sete bagos de uva.

Champanhes eram caras. Mas além do vinho engarrafado pelo meu avô Francisco Trombieri, sempre aparecia umas garrafas de spumanti asti italiani, os quais para nós davam de 10x0 nos champanhes franceses.

Hoje os réveillons estão mais festivos, verdadeiras multidões se acotovelam nas ruas, praças e praias para verem a passagem do ano com shows e queima de fogos exuberantes, deixando cidades do Brasil, como: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e outras atraídas por milhões de turistas do mundo pra além do réveillon, gozarem do verão tropical desta Terra abençoada por Deus, e amaldiçoada pelos políticos, quais representam o diabo!





Roberto Stavale

São Paulo, Janeiro de 2012.-

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