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Ensaios-->NUDISMO? É PRA JÁ!!! -- 04/01/2005 - 16:01 (ROSAPIA (veja página 2)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NUDISMO? É PRA JÁ!!!

Li o texto que reproduzo abaixo no Blog do Artista Júlio César (quem não se lembra dele? Artista Plástico, Ator, Autor, grande Escritor, ex-usineiro, que tanto nos encantou nos tempos da Usina bonita, romântica, quase uma comunidade. Saudade, muita saudade de você, grande Julinho!...).

“LAÇOS - Passamos a vida inteira a querer libertar a voz, a garganta, o uivo, o grito contido. Passamos os dias a pedir que não nos amarrem. Que não apertem. Que nos permitam respirar do sufoco da vida. Passamos o ano todo à procura do fluxo libertador que nos permita pensar e reflectir. E chegamos ao último dia, dos 365 dias de aperto, de laço ao pescoço, incómodos e condenados a um novo ano de asfixia.
O Laço condena. Acho que é do Laço! Da corda preta, de pano, com que amarramos os sentidos nos dias em que nos propomos ser felizes.(?) É do Laço. Esse laço devia ser pensado. E a gravata tambem. Tudo o que aperta deve ser repensado. Tudo o que incomoda deve ser corrigido. Alargado. Solto!
Proponho, pois, para este ano-menino, GRANDES decotes e colarinho aberto. Pescoço ao léu ou mesmo o tronco nu. Proponho Galas de nudismo!!! Livres de preconceitos e tabus! DISPAM-SEEEEEE!!!... e guardem os Laços p rós afectos.”

Isso me inspirou e me fez pensar neste Ensaio (leia-se Sugestão... ou Convite...). É que sou um bocado adepta do nudismo, desde o nascimento, momento delicioso em que cheguei pelada e fiquei pelada por alguns minutos... Aí cresci com minha mãe, também nudista na intimidade, nua dentro de casa, mesmo diante dos filhos que acabaram crescendo sem curiosidade nenhuma quanto a um corpo de mulher ou homem. Na infância, ficava peladinha quando era calor e me enchia de roupa quando estava frio. Era o bom-senso natural, pois roupa é feita pra esquentar no frio e não para sufocar a gente no calor. Mas cresci e, já na adolescência, adultos da família foram me informando que a gente não podia mostrar o corpo nu, que era feio mostrar a bunda e outras coisinhas mais. Os seios me despontaram e, além de não poder mostrá-los, tinha que usar um sutiã que era um verdadeiro arreio. Nascia em mim um sentimento estranho: vergonha. Tinha inveja de meus irmãos, cujas maminhas não cresceram e podiam ao menos ficar sem camisa. Quase senti raiva de ser menina...

Se uma mulher mostra os seios livremente pelas ruas, é reprimida imediatamente. Mas se ela dá de mamar a um bebê em público, tudo fica natural. Ora, por que, se o seio é o mesmo? Mas é permitido usar decotes exagerados, o que faz parte da sedução. Conclusão: o famoso pudor não passa de hipocrisia. Será que, se andássemos naturalmente peladas, haveria tantos casos deprimentes de estupro? Será que os homens teriam ereções intermináveis se todos estivessem pelados?

Eu não conheço ninguém que, nos dias quentes deste nosso país tropical, não tenha ganas de arrancar toda a roupa. A maioria até a tira, na intimidade, como eu. Mas quando chega alguém, toca a me vestir correndo antes de abrir a porta. E, mesmo na intimidade, ainda conservo a calcinha... o que não passa de condicionamento.

Sim, os homens são mais livres, mas poucos têm coragem de se despir inteiros e aprisionam dentro de uma cuequinha apertada justamente o pênis que nasceu para alçar vôos.

Com o tempo surgiram campos de Nudismo, de início muito escondidinhos, sempre correndo riscos por parte dos indignados moralistas. Aos poucos foram conquistando adeptos e mostrando mais suas caras. Hoje ninguém mais se escandaliza tanto e os nudistas, ou naturalistas – corpos e mentes sadias – vivem e curtem a liberdade que escolheram.

Será que um dia o mundo todo se libertará e viverá dentro do bom senso? Bem... isso seria sonhar alto demais. Mas os menos reprimidos ainda poderão completar seu sonho de liberdade!

Transcrevo aqui o artigo de Adauto Felisário Munhoz – “A Nudez na História”. Ele conta fatos desconhecidos de muita gente e nos oferece sábias reflexões.

“A NUDEZ NA HISTÓRIA

Até pouco depois do século XVI, a nudez era vista com a maior naturalidade. Em Israel, no tempo antigo, tomava-se banho completamente nu em fontes e jardins públicos. Também em Israel, nos tempos helênicos, a ginástica era praticada sem roupa alguma.

O próprio Francisco de Assis ficou nu em público, na presença do bispo Guido e do povo e não foi preso por atentado ao pudor. Santo Agostinho de Hipona, de grande influência maniqueísta, permitia às suas virgens tomarem banho público duas vezes por semana.

O pintor Buonarotti, pintou totalmente nus, na Capela Sistina, Jesus, Maria e todos os eleitos, assim como todos os condenados, no quadro do Juízo Final. Mais tarde, um papa contratou outro pintor para 'vestir' as pinturas.

As imagens de Cristo crucificado eram todas nuas, mesmo durante a época da Renascença (1350 - 1560). Mas a influência do maniqueísmo foi aumentando e criou-se a 'cultura da vergonha'. Do nu natural passou-se a tomar banho de camisolão. Criou-se até a camisola com buraco para os atos genitais e passou-se a praticar esportes de batina.

Com o maniqueísmo, veio a vergonha, a curiosidade e a malícia. O que era puro e natural, passou a ser perverso a ponto de gerar crimes, discórdias, tristezas, dispersão e esfacelamento.

Hoje não podemos negar que vivemos num mundo genitalizado e hedonista, que se projeta para o egoísmo, o desrespeito e até mesmo para o uso do ser humano como mero objeto, objeto descartável.

O Naturismo é um apelo, um caminho, um retorno aos valores humanos do natural, do bem estar do corpo e mente sadia. Ser natural e viver natural é ser livre de um bocado de coisas medíocres e alienantes. O Naturismo nos liberta, principalmente quando a nudez é praticada em grupos, pois altera os padrões emocionais, diminuindo o orgulho, os disfarces e até mesmo a hipocrisia.

O Naturismo nos coloca quase na condição de criança, iguais a todo mundo, sem preconceitos ou maldades. E, se observarmos bem, veremos que nenhuma pessoa nua é feia. Todos são bonitos: os altos os baixos, os gordos, os magros, jovens, velhos ou crianças. Existe algo de misterioso e lindo quando todos se fazem iguais junto à Mãe Natureza.

E como é salutar estar nu junto à natureza! Francisco de Assis, no meu ver, é o 'Patrono do Naturismo'. Ele bem entendeu o que é a integração do homem com a natureza. Ele foi o primeiro naturista assumido.”
Adauto Felisário Munhoz, São Paulo/SP

FONTE: Site Praias de Nudismo Brasil & Portugal
http://www.geocities.com/Hollywood/Set/4213/

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