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Ensaios-->Tão trivial quanto esse texto... -- 24/12/2004 - 11:18 (InBlue) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não quero falar de coisas importantes!
Não quero ter que pensar nas milhares de implicações que as minhas
palavras podem ter. Não quero me preocupar em escolher a melhor idéia,
a melhor forma, a melhor palavra ou a melhor metáfora...
Aliás, não quero metáforas! Não quero ter que pensar em metáforas!
Não quero me fazer entender, não quero expressar nenhuma idéia,
não quero fazer você pensar, do mesmo jeito que eu não quero pensar.
Não quero me estafar, nem ter muito trabalho.

Quero mostrar, e apenas mostrar, alguma coisa.
Uma coisa qualquer. Uma dessas coisas que vemos todos os dias, que
utilizamos todos os dias, que não prestamos qualquer atenção, ou melhor,
que nem mesmo mereçam qualquer atenção.
Do que posso falar? Vejamos: posso falar da mesa, da cadeira, de uma caneta,
do caderno, hummm, do... sim! Vou falar do calendário, pronto!

O calendário pode ter várias formas..., mas isso já começa a deixar complexo
meu texto banal, então não vou entrar neste detalhe...
Vou falar do meu calendário!
Meu calendário é daquele tipo que tem uma armação de papel mesmo, formando
um triângulo vazado que é a base... Tem um espiral na parte superior, onde
as folhas se prendem, e cada uma das folhas representa um mês! Sim, um mês
cabe em uma folha!
O primeiro dia que aparece é o domingo, o dia mais mala do velho oeste...
Ah! Entendi! Os dias da semana aparecem em ordem de chatice, do maior para o menor:
Domingo (dia sagrado de ficar absolutamente largado, jogado, amuado, dormindo,
praticamente um zumbi catatônico),
Segunda (dia sagrado de reclamar da segunda! Todo mundo fala mal da segunda na segunda...),
Terça (sinceramente? Não fede e nem cheira),
Quarta (dia sagrado do início do vislumbre do fim de semana, afinal de contas
amanhã já é quinta!),
Quinta (dia sagrado do início do fim de semana, só se trabalha no período da manhã...
nunca vi ninguém fazer nada que preste na tarde da quinta-feira!),
Sexta (o mais sagrado de todos os dias, dia da libertação da alma,
dia de não fazer absolutamente nada no serviço, dia de esperar pela noite!) e finalmente o
Sábado (Dia sagrado do Bico! Dormir até fazer bico, comer até fazer bico e beber até fazer bico!).

O tal do calendário, além da nobre função de mostrar os dias da semana,
as semanas do mês e os meses do ano, ainda mostra, de quebra, todos os feriados...
Ah, os feriados... eu tenho um caso de amor e ódio com os feriados!
Sabe aquele doce que você não está acostumado, porque nunca tem, mas que
quando o seu irmão rouba você quer morrer! Mesma coisa, morte aos feriados
que caem no fim de semana!
Seja feriado de data histórica, seja feriado de data festiva, seja feriado
de consciência, seja feriado do que for, estão todos vermelhinhos no meu
calendário azul e serão todos amados ou odiados ao longo do ano.

Anos, meses, semanas, dias, feriados, história, festas, lembranças,
compromissos, passado, futuro, planos, esquecimentos, aniversários,
fins de semana, semanas úteis e inúteis, férias, dias trabalhados,
dia de receber, dias de pagar, religião, diferenças, semelhanças, tempo...
a banalidade, simplicidade, genialidade de umas folhas de papel e
uns números, meu calendário, são tão triviais quanto o guardião do tempo
e quanto esse texto...
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