Usina de Letras
Usina de Letras
244 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50483)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->27. BOM HUMOR POÉTICO -- 02/02/2003 - 08:07 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os que não têm sossego nesta vida

Só podem acusar o Criador,

Porque, sejam sagazes no que for,

Não chegam a saber que o bem convida.



Por isso, se quiserem recompor

O bom humor perdido para a lida,

Hão de trazer a alma arrependida,

P’ra receberem todo o puro amor.



Não vou dizer de novo a tal lição

De que se deve abrir o coração

Para a bondade etérea de Jesus.



A cada qual, cabe o dever do bem,

Pois não pode a poesia ficar sem

A claridade intensa dessa luz.









O compromisso que se tem, lá em cima,

De vir compor, na Terra, a melhor rima

Me traz pela coleira, a cada verso,

Que a hora há de passar, de qualquer jeito.

Então, eu vou dizer, depressa: — “Aceito!” —,

P’ra que o sexteto não se dê perverso.



Estou querendo inocentar o amigo,

Pela frieza deste seu abrigo,

Pois o meu verso é pobre p’ra cachorro.

É que a coleira presa ao meu pescoço

Não me permite farejar um osso,

Nem quando o médium me propõe socorro.



Dia após dia, a rima que aqui faço

Dá menos a impressão que vem do espaço,

Que o gosto dos terrestres prevalece.

A brincadeira já não tem sentido

E o povo vive a me dizer: — “Duvido

Que isto possa transformar-se em prece!”



O meu limite aqui não tem fronteira,

Pois já me não importa que se queira

Que o verso se apresente esplendoroso.

Escorreguei, caí, me machuquei:

A majestade não perdi que o rei

Decide sobre a dor e sobre o gozo.



Jesus deu-nos exemplo soberano,

Após haver sofrido o maior dano,

Ao ressurgir dos mortos, triunfante.

Não veio, com certeza, em carne e osso,

Pois não tinha coleira no pescoço:

O Novo Testamento nos garante.



A liberdade de Jesus promete

Que pode o povo vir pintar o sete,

Dentro das normas justas da poesia,

Que o pensamento é bom e é generoso,

Quando prevê, para o leitor, o gozo

Da melhor rima que ele aqui poria.



Fazer o bem nos versos é o destino

De quem se preparou desde menino,

Segundo as leis do amor e da virtude.

É claro que, ao propor a traquinice,

Devemos nos lembrar que o Mestre disse:

— “Deixai que venha a mim a juventude!”



Querendo respeitar o bom leitor,

Há quem não se liberte p’ra compor,

Fazendo versos do pior quilate.

Iremos espalhar mais alegria,

Correndo, embora, o risco duma fria:

P’ra caravana, a cachorrada late.



Um único versinho que destoe,

Dentro de alguma rima que não soe,

Não há de perturbar o caro médium.

Um dia após o outro é de rigor:

Aí, volta o poeta a recompor,

Trazendo o velho pote de remédio.



Jesus não falha nunca em seu auxílio,

Esteja, embora, fraco este estribilho,

Interessado só na melhor rima.

É que o prazer de nos causar um bem

A fé, no coração dos bons, retém

E mostra aos maus o brilho desta estima.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui