Simples, simplícíssimo quanto me é possível, abordo o mais preocupante busílis da humanidade: o bem e o mal.
1. - Os que pelo bem lutam contra o mal
2. - Os que pelo mal lutam contra o bem
3. - Os que persistem obter a fusão de ambos
4. - Os que cuidam de gerir o seu equilíbrio
Eu sou dos que, em face da inevitabilidade de um e de outro, inspirado na indiferença com que a natureza trata os dois, como me prezo de ser inteligente, estou decidida e decisivamente entre os que militam no ponto 4.
Estou a pensar, por exemplo, no indivíduo que faz mal em roubar para fazer bem à sua família. Estou a raciocinar sobre aqueles que em nome do bem de seu dever levam e ganham a vida a fazer sistematicamente mal a alguém. Estou até a considerar aqueles que provocam o mal para se apresentarem justificadamente bem. Por fim, surge-me na ideia a criança que não faz mal algum e leva porrada todos os dias.
Em acréscimo e assim de repente, estou a pensar na senhoreca que escreveu um texto sobre assunto de presumida virtude e logo na inserção seguinte tenta arregimentar acólitos em vista de expulsar o João dos Santos da Usina. Admirável!...
Quanto a mim, como o mal já cá está e anda por cá há milénios, o usufruto do bem tem de gerir-se desde logo à nascença e também imediatamente em face do mal. O bem e o mal não têm genes e todos esses derivados adjacentes que se propalam apenas contribuem para confundir ainda mais o desiderato em causa.
Mal, muito mal mesmo, está o bem que tenta extremar-se na virtuosidade plena impondo o males da selecção e da marginalização. Logo que alguém se lembra e pode averiguar o autêntico comportamento pessoal dos mentores da causa, a decepção surpreendente tomba dos céus às carradas... Porra!... Afinal qual é o teu papel, ó boazinha?!...
Bem... E se fosse ao estilo do João, a interrogação saíria: afinal qual é o teu papel ó boazona de bundona?!...
É João, uma anda a arder há longo tempo e as outras duas, chegadas há pouco, andam é já armadas em ardidas. Ih... Ih... Ih...
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