Ai... De quem !...
Ao desfiar da meada da ilusão Se alguém escapar à realidade Evitará apenas uma única verdade: O amor doendo à boca dum caixão. Por mais que se ignore a decepção O que doer deveras não se esquece E nem mesmo a fingir desaparece Enquanto houver juízo com razão. Inevitável e em múltipla versão O maior duro choque desta vida Só por mero acaso não se tem... E ai daquele que em sensação Não sofra em silêncio a despedida De quem parte de vez para ninguém !... António Torre da Guia
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