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Ensaios-->Ensaio Poético Sobre a Água e a Vida -- 03/07/2004 - 22:16 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A ÁGUA E A VIDA
(por Domingos Oliveira Medeiros)

A água que nasce, no meio da mata.
Um pequeno filete, borbulha em gotas.
Surge do chão, para a imensidão.
Escorre da serra, gigante altaneira, no silêncio da noite,
Na escuridão.

Do útero da terra, da mãe natureza, o filho despeja,
O pingo nascido: infância dos rios e das cachoeiras,
Que unidos aos irmãos, em breve crescerão.
E aos mares, crescidos, acorrerão.

Arrastando lembranças, guardando segredos,
De amores perfeitos; de amores desfeitos,
De amores em vão.

Histórias colhidas por todos os cantos,
Do meio rural às grandes cidades,
Deixando saudades, nas ondas dos rios,
À beira dos mares. No litoral
.
Pessoas, lugares, conversas trocadas,
Conversas fiadas, as mais variadas,
A vida, enfim, tão natural.
Em cima do arame, nas folhas dos rios,
Fugindo das pedras,
Do curso normal.

Impressões e visões no rio transbordam.
Espelhos de águas refletem os rostos.
Divergem, convergem, real, irreal.
Cativantes, confidentes, sinuosos, aparentes,
Nas águas correntes,
Do reino animal.

Selvagem, no mato, eu vejo a menina.
Nua no banho, despida em pensamento.
Palpita depressa, o meu coração.
A água é vermelha, o sangue é fervente,
Escorre nas veias, na tubulação.

Eu vou para perto, pro banho com ela,
Tive a permissão.
No meio da mata, em pleno sertão.

O namoro acontece, no calor do verão,
Sob o céu da manhã, sob a imensidão,
Em total solidão.

O amor resplandece.
Gotas de amor proibido.
Saídas de mim, sem sentido,
Misturam-se às dela,
Em suas entranhas, a água escondida,
São pingos de gente, a vida acontece.

No ventre da moça.
A água que nasce, a água que cresce.
Explodindo em cachoeiras,
Escorrendo pelo mundo afora.

São as águas doce do amor.
Que logo vão embora,
À procura de outros mares,
Novos amores.

Assim é a vida. Assim são as águas.
Assim caminham rios e mares.
Entre amores e dissabores.
Águas doces em procura de seus lares.
Arrastando galhos e flores.

Com suas alegrias e seus temores.
A vida ali começa e termina.
Solitária, salgada, mas em cores.

Em 30 de junho de 2004

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