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Artigos-->E se a eleição fosse hoje? -- 23/02/2002 - 22:26 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Em agosto elas estarão de volta. As eleições para presidente, além de outros governantes e da renovação parcial dos membros do Congresso Nacional. Mas as pesquisas já estão nas ruas faz tempo. Parece até o Carnaval da Bahia. Começa bem antes e termina bem depois, junto com o Bloco do Bacalhau do Batata, aquele dos garçons, lá em Pernambuco, que sai na quarta-feira de cinzas.



Não sei, até agora, qual a utilidade dessas pesquisas. Acredito que nenhuma, pelo menos do ponto de vista político. Talvez, do ponto de vista econômico, algumas empresas estejam ganhando algum trocado.



Mas, é assim mesmo. Algumas dessas empresas dizem que trabalham com a opinião pública. Não com a minha. Nem com a de meus amigos e familiares. Não conheço ninguém que tenha sido consultado a respeito. E olha que já vivencie um bocado de eleições. . Mas já ouvi falar que existem empresas que trabalham com a opinião pública. Empresas que trabalham a opinião pública. E até empresas que confundem a opinião pública. Mas todas, têm, em comum, a falta de informações, com um mínimo de qualidade, a fim de ajudar ao eleitor a decidir, com critérios mais racionais e menos emocionais, a escolha dos candidatos que irão nos representar durante quatro anos, e oito, no caso dos senadores.



A minha opinião é a de que estas pesquisas não poderiam ser realizadas antes de três meses das eleições, pelo menos. E ainda assim,penso que deveriam ser objeto de análise por parte da Justiça Eleitoral a fim de que fossem estabelecidos alguns critérios ou parâmetros que agregasse maior qualidade ao pleito, de modo a que os eleitores tivessem informações mais precisas sobre o programa e o perfil político de cada candidato, e seu pensamento acerca das grandes questões nacionais e estaduais, conforme o caso.



Criar cenários irreais, há oito meses das eleições, é de todo inócuo. Ainda mais quando não sabemos nem quem serão, de fato, os candidatos a presidente. Partir da premissa de que se a eleição fosse hoje não faz o menor sentido. Se a eleição fosse hoje, seria feriado nacional e pronto. Nada mais do que isso. Além da aplicabilidade da lei seca, nos bares e restaurantes.



Enquanto não se proíbe, ou não se criem normas mais inteligentes, pelo menos as empresas poderiam apresentar resultados mais coloridos e mais criativos. Um bom exemplo seria incluir, além do voto em branco, o voto amarelo, para os candidatos que merecem um pouco de atenção, o voto vermelho, para aqueles com passado duvidoso e o voto verde, para aqueles principiantes, que suscitassem alguma esperança.



E as respostas aos questionamentos formulados poderiam ser ampliadas. No caso da pergunta clássica - em quem você votaria se a eleição fosse hoje?- a resposta poderia incluir, além do não sabe, o não sei nem quero saber e o tenho raiva de quem sabe.



Deveria ser extinto, ainda, o tal dos cenários. Cada pesquisa incluiria apenas um candidato. Nada de misturar o cenário. Se de todo, tecnicamente, esta medida não puder ser posta em prática, que se crie mais um cenário composto por candidatos indicados pelo povo, ou seja, quais os dois candidatos que, na opinião do povão, deveria concorrer ao cargo de presidente da república, mesmo que seus nomes não estivessem sendo cogitados.



Finalmente, a pesquisa deveria consultar a opinião dos candidatos sobre questões integradas, interligadas, por exemplo :como pretendem resolver as grandes questões nacionais, ou seja, pagar a dívida externa, sem pedir novos empréstimos, e ao mesmo tempo retomar o desenvolvimento econômico do país, aumentando o nível de empregos e a distribuição de renda, partindo do pressuposto de que a retomada do desenvolvimento econômico pressupõe maior consumo de energia. Será que poderemos contar, apenas, com as chuvas?



Domingos Oliveira Medeiros

23 de fevereiro de 2002

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