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Ensaios-->Tempos efémeros...E a seguir = Tempos íntimos !... -- 27/04/2004 - 19:59 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

- Mãezinha... Quem é aquele homem grande que está ali com aquela grande espada ?...
- É o D.Afonso Henriques, primeiro-rei de Portugal...
- O que é aquilo que ele tem enfiado na cabeça com aquele pedaço de ferro no nariz?...
- É o capacete... Meu filho...
- Ah... Assim... Os bandidos não lhe cortavam a cabeça nas batalhas...

Este diálogo... Mais palavra menos palavra... Tive-o eu com minha saudosa mãe, há cerca de 59 anos, quando pela primeira vez fui levado a Guimarães. Fomos no querido e apaixonante 'Joaninha' cor de café-com-leite de meu pai, o Renault dos cidadãos da linha-média social, naquela época, um carrinho do caramba que ia e voltava sempre ao mesmo sítio...

Daí, logo que entrei para a escola no ano imediato, propendi com afeição para as coisas da História de Portugal e do Mundo. No exame liceal do 2º. ciclo, então barreira que determinava quem poderia chegar ou não a doutor, os docentes que me ensinavam ficaram admiradíssimos com a nota e como teria eu logrado a máxima, um 20, sob lupa oficial. - 'Foi copianço, pois então não foi, ó Torre?', atirou o padre Pombo defronte ao quadro dos resultados no átrio do liceu, atido às ocultas habilidades em que me reconhecia ser exímio na prática...

HISTÓRIA MODERNA

O supra sumo do raciocínio francês considera a expressão 'História Moderna' para designar geralmente os séculos XVI, XVII e XVIII, determinando que foi no decurso do século XVI que se tomou consciência de se haver entrado numa nova época na Europa Ocidental.

Todavia, ainda hoje os historiadores estão longe de concordar sobre os limites cronológicos daqueles aventureiros e venturosos tempos. Em França, os programas escolares datam o seu início em 1492 sob a égide do notável acontecimento da 'descoberta' da América. Tal data apresenta o inconveniente de situar-se no miolo do Renascimento, qualificação que abre os 'Tempos Modernos'. Certos historiadores, considerando que a Renascença principia com o despertar das civilizações urbanas no Ocidente, inclinam-se por um corte situado no começo do século XIII. Por tal e em Inglaterra, prefere-se fixar o início dos 'Tempos Modernos' apenas a partir da concretização da Renascença, ou seja por volta do ano de 1600.

Ora pois, voltados para o progresso, os 'Tempos Modernos' não deveriam nunca ter fim, só que e entretanto, a historiografia francesa ficou impressionada com o desmoronamento da antiga monarquia, caracterizada por um regime que, além de não somente político, era sobretudo económico e social. Em 1789, com a declaração dos direitos do homem, começa a determinar-se o designado 'Antigo Regime'. Para distinguir o considerado mundo novo, foi necessário encontrar um outro termo. Os historiadores franceses aplicaram o de 'contemporâneo', palavra que adquire um sentido muitíssimo particular. Assim, o ponto de partida da época contemporânea permanece curiosamente fixo, ao passo que os 'Tempos Modernos', estabelecidos em 1789, se afastam cada vez mais entre as brumas do passado.

Quiçá muito menos marcados do que os franceses pela Revolução, os historiadores dos outros países europeus, distinguem, também e em geral, um antigo regime e uma época mais recente, mas as denominações são diferentes. Dentro da lógica, o termo 'contemporâneo', para estes, é móvel, já que liga o presente a um passado mais ou menos próximo. Por aqui se pode intuir que o termo 'moderno' designa um período não acabado e incessantemente prolongado consoante o espectro e a densidade dos acontecimentos. Perante este complexo, surge a inevitável tendência para introduzir divisões nos 'Tempos Modernos'...

Então e num ápice interrogativo, que espécie de 'Tempos' estará a humanidade perpassando neste exacto momento?... Como irão os historiadores do futuro qualificar esta época?... Sugere-se-me, encostando pele e raciocínio à evidência realmente vivida e sentida, alvitrar: 'Tempos Efémeros'?...

Socorrendo-me do reconhecimento que sobre mim mesmo faço logo que me considero em estado de efémera acção, mergulhado em rebuscada solução íntima para recompor a vontade e dealbar em novos aspectos existenciais, creio que a actual inteligência colectiva estará desde já em trânsito para a época dos 'Tempos Íntimos'... Por isso mesmo a História e a Filosofia são uma espécie de duas lésbicas intelectuais que vivem no indizível gozo de se amarem despreocupadamente: de uma forma ou de outra estão ambas destinadas para dar à luz toda a demais filharada científica...

Enunciei... Equacionei e também me atrevi um nadinha pelo prenuncio. As incógnitas, para trás ou para a frente do tempo, cabe ao leitor deduzi-las consoante o sítio onde esteja colocado em pensamento. Estimo que esteja debruçado num varandim onde a vista pelo menos se apresente acessível e permita o alcance do pormenor... Preferentemente... De olhos fechados!...

Torre da Guia = Portus Calle










































































































































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