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Poesias-->25. ESTUDAR KARDEC E VIVER JESUS -- 31/01/2003 - 06:54 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A trova que componho chega chata

E fica neste ata e não desata

De um tema, sem cabeça e sem chulé.

E o médium fica aí, alvoroçado,

Querendo e não querendo estar de lado.;

Enfim, pondo esperança e pondo fé.



Ao ver a prima estrofe resolvida,

O pobre a este poeta já convida

Para seguir avante no projeto.

E eu, sem perder tempo com a rima,

Entro disposto a mergulhar no clima

E mui me alegro, ao aceitar seu teto.



Já conformado ao tipo da poesia,

Nosso escrevente acata e avalia,

Quando as dez sílabas se põem na linha.

É exigente e não altera nada,

Desde que a trova esteja caprichada

E dentro d’alma o amor em paz se aninha.



Vamos orar, contritamente, ao Pai:

— “Senhor, nossos pecados perdoai

E ponde luz no coração da gente,

Para que a trova diga, com respeito,

Que todo o mal, um dia, terá jeito,

Se todo o bem fizermos, simplesmente.”



É inoportuno orar pedindo amor,

Que o sentimento nasce ao se dispor

Em harmonia e paz com seu irmão.

É como o verso que esta rima faz:

Se se quebrar o pé, não é capaz

De aproveitar a força deste som.



O bom amigo que nos lê o verso,

Caso se sinta neste clima imerso,

Aproveitando bem o sentimento,

Ponha uma pitadinha de malícia

E veja se consegue esta delícia:

Tornar a vida toda um só momento.



Vou explicar melhor a pobre rima.

É que, ao gostar do verso, mais se estima

A vida que se tem, sofrida, embora,

Que o verso causa dor e desprazer,

Ao lhes falar do bem e do dever,

Quando, ao cumprir o carma, se demora.



— “Por que é que o poeta dá conselho

E, logo após, me crava rijo o relho,

Como se eu fosse mau, teimoso e burro?

Será que fica alegre com o verso

Que me atribui os vícios do perverso,

Aguardando, afinal, este meu urro?”



Respeito ao bom leitor é o fundamento

Da lei que rege o verso, no momento

Em que se dá a leitura, com amor,

Pois não se pode compreender a trova

Que representa, simplesmente, a prova

Da paciência d’arte de compor.



De que me adianta aqui fazer um verso,

Se o bom leitor não chega a estar imerso

No clima da bondade e da poesia?

É como orar ao Pai sem entusiasmo.

É recolher as velas no marasmo

De um coração já morto, em apatia.



Ao estudar Kardec, esteja atento,

Para saber qual é o sentimento

Com que su’alma aceita cada lei.

Se se revolta com qualquer das dez,

Soltando gritos, dando pontapés,

É hora de inquirir: — “Será que sei?...”



Se, ao se viver Jesus, algo destoa,

Das normas de uma vida alegre e boa,

Ganância de ter sempre muito mais,

Aí, é perigoso ir em frente,

Sem refletir nas leis, humildemente,

Pois devem os humanos ser iguais.



Componha um só versinho p’ra Jesus,

Agradecendo ali a sua luz,

Em rima simples, pura, de valor,

E reconheça o bem da sua vida,

Cuja bonança o amor mais convalida,

Que a recompensa vem ao se compor.



Apaga-se a memória, neste instante.

Já não consigo ir longe o bastante,

Na derradeira estrofe que lhe dito.

Mas, mesmo assim, eu reconheço a glória

De haver contado aqui parte da história,

Memento de paixão, amor bendito.



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