Quantas tolices colhi do passado
Devido ao intelectualismo
Destrutivo da razão pelo poder...
Trilhei sendas perigosas
Desafiando o amanhã
Acreditei sempre e nunca duvidei:
O futuro não está escrito
Portanto, tanto amei...
Consternei-me, quando descobri
Estava escrito sim...
No desoxirribonucleico etéreo bestial:
A morte plebéia é o pináculo do poder
O Poeta, habitante único de meu tórax...
Chorou neste dia 11 de Madri
Ao ver o solo todo rubro...
Adubado por crianças carbonizadas
Temperado por membros arrancados
Homens, mulheres; Mulheres, homens
Como saber, ambos sem “cabeças”;
Todos com “rachas”?
Voltei-me para os céus...
Estrelas profanas brilharam
Em minhas meninas...
Tatuei-as em minhas mãos...
Na esperança duma quiromante ler:
__Poeta lavarás o mundo com tuas letras...